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Tragédia no litoral e apagão na capital: chuvas castigaram SP em 2023

Entre mortes, deslizamentos e falta de energia elétrica, chuvas bateram recorde e deixaram estragos por todo o estado em 2023

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Fábio Vieira/Metrópoles
Quatro bombeiros carregam corpo coberto com lona em meio à lama - Metrópoles
1 de 1 Quatro bombeiros carregam corpo coberto com lona em meio à lama - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo — O ano de 2023 foi o período em que o estado de São Paulo sofreu os piores efeitos em decorrência das chuvas, sobretudo no litoral e na capital paulista. Cidades do litoral norte registraram 65 mortes e mais de 4 mil pessoas ficaram desabrigadas. Em São Paulo, casas ficaram até cinco dias sem energia elétrica, além das enchentes que deixaram mortos ao longo do ano.

As chuvas que caíram no litoral norte, principalmente em São Sebastião, em fevereiro foram as maiores registradas na história do país, com 638 mm em 24 horas — mais do que toda a chuva do verão de 2022.

Já em novembro, um temporal deixou cerca de 11 mil imóveis sem energia elétrica por cinco dias na Grande São Paulo, em cidades abastecidas pela concessionária Enel. A crise foi tão grave que até virou foco de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

São Sebastião

No dia 19 de fevereiro, a Prefeitura de São Sebastião decretou estado de calamidade pública por causa das chuvas que atingiram a região. O estrago maior foi na Vila Sahy, comunidade onde cerca de 3,2 mil pessoas viviam em casas precárias.

As chuvas também deixaram rastros em praias como Juquehy, Baleia, Baleia Verde, Barra do Una, Barra do Sahy, Camburi e Boiçucanga.

O total de mortos na tragédia chegou a 65 — quase todos eles (64) registrados em São Sebastião, além de um em Ubatuba.

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Durante o período, cerca de 4 mil pessoas ficaram sem moradia em toda a costa norte paulista.

São Sebastião teve 635 pontos de deslizamentos. O local voltou a registrar deslizamentos de terra, em setembro, por causa da chuva.

Apagão em SP

Cerca de 4 milhões de endereços ficaram sem energia em todo o estado em decorrência de fortes chuvas e rajadas de vento no dia 3 de novembro.

Cinco dias após o temporal, cerca de 11 mil imóveis da Grande São Paulo ainda estavam no escuro.

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A falta de energia afetou escolas, parques, restaurantes, semáforos e até o abastecimento de água.

O presidente e dois executivos da Enel, concessionária que fornece energia elétrica para 24 cidades do estado de São Paulo, foram convocados para prestar esclarecimentos sobre o “apagão” em uma CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Mortes

A chuva de novembro também fez vítimas fatais. Foram registradas oito mortes em decorrência do temporal.

Uma das vítimas foi atingida por uma árvore em Ibiúna, no interior de São Paulo. Ela estava internada e não resistiu. O governo paulista não deu mais detalhes sobre o caso.

Outras quatro pessoas também morreram em razão de quedas de árvores. Foram duas na zona leste de São Paulo, uma em Osasco e outra em Suzano, na Grande São Paulo.

Em Santo André, no ABC paulista, uma pessoa morreu após a queda da parede do 18º andar de um prédio em construção. Em Limeira, no interior do estado, um homem foi atingido por um muro e perdeu a vida.

Em Ilhabela, no litoral norte do estado, uma embarcação naufragou e um dos tripulantes não resistiu. Outros dois foram socorridos e encaminhados ao serviço de saúde.

A Defesa Civil diz ter atendido nesse período cerca de 100 desabamentos em todo o estado, em ocorrências com danos em muros, casas e destelhamentos de imóveis. Foram mais de 2 mil chamados para ocorrências em 40 cidades.

Outra morte que comoveu São Paulo aconteceu ainda no mês de março. No dia 8, Nayde Capellano, de 88 anos, ficou presa dentro do carro em um alagamento em uma rua de Moema, bairro nobre da zona sul de São Paulo, e foi levada pela enxurrada.

Naquele dia, um temporal com rajadas de vento de até 89 km/h atingiu quase toda a capital paulista e parte da Grande São Paulo, causando enchentes e quedas de árvores.

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