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Tesoureiro do PCC cuidava das finanças de escola de samba no litoral

Renato da Costa Menezes, de 47 anos, o “Gordinho da Unidos”, é acusado de atuar como tesoureiro do PCC e foi preso na sua casa, em Santos

atualizado

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Foto colorida com homem de boné branco, segurando troféu, rodeado por outros homens - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida com homem de boné branco, segurando troféu, rodeado por outros homens - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – O homem apontado pela polícia como tesoureiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), que foi preso após acompanhar, por câmeras de monitoramento, a chegada de investigadores a sua casa, em Santos, no litoral paulista, também cuidava das finanças de uma escola de samba na cidade.

Renato da Costa Menezes, de 47 anos, o “Gordinho da Unidos”, foi preso por associação com o tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo, na tarde de quarta-feira (27/12), no Morro do Fontana. O Metrópoles apurou que ele é membro da escola de samba Unidos dos Morros, fundada em 1978 e atual campeã do grupo especial de Santos.

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Segundo a Polícia Civil, Renato é responsável por recolher o dinheiro resultante da venda de drogas nas bocas de fumo da cidade.

O tráfico no litoral paulista é dominado pelo PCC, organização criminosa brasileira que também monopoliza o envio bilionário de cocaína para a Europa, por via marítima, pelo porto de Santos.

Prisão

Com base nos levantamentos da 2ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes, a Justiça expediu um mandado de busca e apreensão para ser cumprido na casa do tesoureiro.

Na área onde o suspeito mora foram encontradas e apreendidas um escopeta calibre 12, uma pistola semiautomática calibre 9 milímetros, com carregadores prolongados, e 54 munições diversas.

Havia, ainda, um cartucho deflagrado de metralhadora ponto 50, o mesmo modelo furtado de um paiol do Exército. Esse tipo de munição é capaz de derrubar aeronaves.

Além das armas, a polícia apreendeu rádio comunicadores, balanças de precisão, documentos, anotações sobre o fluxo de vendas de droga na região, inclusive o sistema de vigilância da casa. O Metrópoles apurou que Renato não contava com passagens criminais anteriores.

Vigilância

Antes de os policiais chegarem até a casa do tesoureiro, ele já havia percebido a movimentação dos agentes, devido ao sistema de monitoramento com câmeras que mantinha em sua residência. Ele foi avistado em uma janela acompanhando a chegada dos policiais.

Sabendo sobre o aparato de vigilância, a Polícia Civil montou um cerco no entorno da casa, para evitar qualquer eventual tentativa de fuga do suspeito.

Durante o cumprimento ao mandado, policiais ouviram a conversa de membros do PCC, transmitidas em um rádio comunicador ligado na resistência da casa do tesoureiro. Os criminosos falavam justamente sobre a movimentação da polícia no morro naquele momento.

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Após a apreensão das armas, das munições e dos rádios comunicadores, Renato alegou à polícia, acompanhando de seu advogado, que havia encontrado os itens “enterrados” em um terreno onde ele “está construindo uma casa” em Itanhaém, também no litoral.

Renato foi preso em flagrante pelos crimes de integrar organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo. Ele foi encaminhado ao sistema carcerário.

A escola de samba Unidos dos Morros foi procurada por e-mail e telefone pelo Metrópoles. Até a publicação desta reportagem, não havia se manifestado sobre a prisão de seu tesoureiro. O espaço segue aberto.

 

 

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