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“Punhetaço”: polícia investiga pelo menos 15 estudantes de medicina

Delegado João Fernando Baptista, responsável pelo caso do “punhetaço”, viajará para a capital paulista em busca de testemunhas nesta semana

atualizado

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foto colorida mostra estudantes de Medicina da Unisa abaixando as calças durante jogo de vôlei feminina - Metrópoles
1 de 1 foto colorida mostra estudantes de Medicina da Unisa abaixando as calças durante jogo de vôlei feminina - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – O delegado João Fernando Baptista, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos, no interior paulista, investiga a participação de pelo menos 15 estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) no episódio de masturbação coletiva, chamado de “punhetaço”.

O inquérito sobre o “punhetaço” foi instaurado na segunda-feira (18/9) e a Polícia Civil trabalha inicialmente como “ato obsceno” – delito que, em tese, já estaria caracterizado, segundo o delegado. O crime, considerado mais brando, prevê até um ano de prisão.

Agora, João Fernando Baptista quer ter certeza de que o caso não se trata de um crime mais grave, de importunação sexual, quando o ato acontece contra uma ou mais vítimas. Por isso, ele deve viajar até a capital paulista em busca de testemunhas ainda nesta semana.

Nesse caso, a pena seria de até cinco anos de reclusão. A hipótese de importunação sexual, no entanto, é considerada remota pelo delegado.

“Até o momento, ninguém nos procurou”, afirma João Fernando Baptista, ao Metrópoles. “O caso só veio à tona porque uma pessoa postou o vídeo, outro usuário ficou revoltado e acabou caindo na página do youtuber Felipe Neto. Quem estava diretamente envolvido não reclamou.”

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Investigação

Alunos da Unisa já foram ouvidos informalmente pelos investigadores em caráter de testemunha. Segundo o delegado, as diretorias da Unisa e da Universidade São Camilo, onde estudam as supostas vítimas do episódio, também já foram procuradas para agendar horários de depoimento.

Os investigadores analisaram, ainda, dois vídeos que circularam nas redes sociais. É com base nas imagens que é feita a estimativa de pelo menos 15 autores – número superior aos seis alunos que foram expulsos pela Unisa.

“O trabalho de identificação de autoria vai ter que ser feito por prova testemunhal e com colaboração das universidade”, diz. “As imagens não nos permite identificar quem são as pessoas, devido à baixa qualidade. Além disso, a maioria dos alunos está com o rosto pintado, a cabeça raspada e uniformizado.”

O episódio, chamado de “punhetaço”, ocorreu entre os dias 28 de abril e 1º de maio deste ano, mas os vídeos só viralizaram no último fim de semana. A situação provocou revolta nas redes sociais.

Um dos vídeos mostra o momento em que estudantes do time de futsal masculino da universidade invadem a quadra e passam a desfilar nus logo após o time para o qual torciam vencer uma partida de vôlei feminino contra outra instituição.

Alunos da Unisa que testemunharam o ocorrido afirmaram ao Metrópoles que o gesto de abaixar as calças e mostrar o pênis teria sido uma resposta a provocações feitas pela torcida adversária. Segundo eles, estudantes da medicina São Camilo exibiram as nádegas durante a partida.

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