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Professor ameaça aluno autista com cinto dentro de sala de aula em SP

Imagens que mostram professor com cinto em sala de aula foram divulgadas esta semana; traumatizado, menino não quer mais ir à escola

atualizado

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Reprodução/Record TV
foto colorida mostra dois professores de pé cercando aluno sentado em sala de aula; uma terceira professora observa a distância - Metrópoles
1 de 1 foto colorida mostra dois professores de pé cercando aluno sentado em sala de aula; uma terceira professora observa a distância - Metrópoles - Foto: Reprodução/Record TV

São Paulo — Um ex-professor de uma escola estadual em Parelheiros, na zona sul de São Paulo, é investigado por ameaçar um aluno autista, de 12 anos, com um cinto, dentro da sala de aula. A ação, ocorrida no dia 14 de junho, foi testemunhada por outros dois funcionários da unidade de ensino. As imagens que comprovam a ameaça foram divulgadas esta semana.

De acordo com a mãe da criança, Patrícia, o menino é autista e tem direito a uma espécie de professor auxiliar, que o acompanha nas atividades escolares. Esse profissional, inclusive, está presente no momento da “bronca” do professor, mas nada faz para impedir a hostilidade.

Em entrevista à TV Record, Patrícia descreveu a mudança de comportamento do filho após o episódio. “Estava diferente. Estava sem voz, nervoso, pálido. Não falava coisa com coisa, estava muito confuso”, disse a mãe. O professor auxiliar, contudo, disse à mãe que nada de mais havia acontecido.

Patrícia só soube o que houve após ter sido contatada pela mãe de outra aluna, que presenciou a atitude do professor e o menino chorando. “Eu fiquei revoltada”, disse. Ela procurou a escola, que inicialmente negou a ameaça.

Imagens da sala de aula

Esta semana, contudo, a mãe recebeu as imagens internas da sala de aula. No vídeo, exibido pela Record, é possível ver o aluno cercado por três funcionários da escola. Um dos homens, que seria um professor, aparece fazendo gestos com um cinto na mão e falando bem próximo ao rosto do menino, que parece acuado.

Em seguida, outros alunos entram na sala e testemunham os gritos desse professor. O homem permanece na sala por mais alguns segundos e depois vai embora.

Antes desse caso, Patrícia contou que era frequentemente chamada pela escola para conversar, por conta das crises do menino.

A repercussão do caso, segundo a mãe, fez com o que professor fosse afastado. No entanto, Patrícia disse que o filho não quer voltar à escola por estar traumatizado. Ela é doméstica e cuida sozinha do filho. Como ele não tem ido à escola, ela não está conseguindo trabalhar e não sabe como vai manter a casa. “A gente tem que escolher se vai comer, se vai pagar aluguel ou comprar remédio.”

Professor investigado

O professor que ameaçou o menino, identificado como Luiz Carlos Reis, é investigado por ameaça e injúria no 25º DP (Parelheiros). Como o estudante é menor de idade, o caso também é tratado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente como submeter criança ou adolescente a vexame.

Procurada para dar detalhes sobre as investigações do caso, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não retornou. O espaço está aberto para manifestações.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que repudia toda e qualquer forma de incitação à agressão ou ameaça, dentro ou fora do ambiente escolar. “O professor está afastado da sala de aula, e sua conduta está sob uma apuração preliminar já em andamento pela Diretoria de Ensino Sul 3, podendo resultar em sanções administrativas.”

A secretaria informou, ainda, que a direção da escola e a Diretoria de Ensino Sul 3 estão à disposição dos responsáveis para esclarecimentos.

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