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Ex-OAS, Coesa tenta barrar nova licitação do Rodoanel em SP

Obras do Rodoanel ocorrem há 25 anos em São Paulo e estão inacabadas, embora constem em plano de 100 dias do governo Tarcísio de Freitas

atualizado

Governo do Estado de São Paulo
Trecho norte do Rodoanel

São Paulo – A construtora Coesa, antiga OAS, tenta barrar a nova licitação do projeto do Rodoanel Mário Covas, que ocorre há 25 anos no estado de São Paulo e ainda está inacabado. A empreiteira alega não ter recebido pagamentos pelas obras desde 2018 e reclama da possibilidade de contratação de outra empresa antes que a dívida seja quitada.

“O que não se admite é que o futuro concessionário receba obras já realizadas pela Coesa, a serem complementadas pelo concessionário, e não se responsabilize pelo ressarcimento à Coesa dos valores até agora não recebidos”, argumenta a construtora em ofício enviado na quarta-feira (1/3) à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

A Coesa firmou em 2013 o contrato com a Dersa, empresa de economia mista que era controlada pelo governo paulista e foi responsável pela construção e manutenção de rodovias. No ofício, a Coesa argumenta que já no início de 2018 a Dersa atrasou na entrega de projetos sobre as áreas onde são realizadas as obras e que, de forma consensual, foi definido que o preço contratual seria revisado.

“A Dersa não apenas se recusou a cumprir a decisão da Junta de Conflitos como interrompeu os pagamentos das medições a partir de maio de 2018”, acusa a Coesa no documento.

De acordo com a construtora, o valor estimado da indenização é de aproximadamente R$430 milhões, já considerando a correção monetária. Ela também acusa o governo paulista não se manifestar “sobre os fatos ao promover nova licitação sobre as mesmas obras que hoje estão sub judice”.

Prioridade de Tarcísio

O projeto do Rodoanel consta na lista de ações listadas de forma prioritária pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nos 100 primeiros dias de gestão. O custo total chega a R$ 34,4 bilhões, quase o triplo do valor previsto no início.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Parcerias e Investimentos informou que recebeu o pedido da empresa e que o governo está analisando o documento.






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