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MPSP se manifesta contra o pedido de soltura de motorista do Porsche

MPSP entende que dono do Porsche pode repetir o crime, considerando seu histórico; o orgão também teme pela sequência das investigações

atualizado

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1 de 1 Imagem mostra homem com camiseta preta - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Globo

São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) se manifestou, nesta quinta-feira (23/5), contra o pedido de soltura de Fernando Sastre Filho, três dias após o requerimento da defesa, na última segunda-feira (20/5). Na ocasião, os advogados do motorista do Porsche que causou um acidente com morte em São Paulo pediram que o reú respondesse as acusações em liberdade.

A promotora que protocolou a manifestação, Bruna Ribeiro Dourado Varejão, alegou que elementos de prova apresentados durante o processo indicam um risco de reincidência do crime, “considerando que o acusado já esteve envolvido em outros registros de ocorrência policial de acidentes de trânsito”.

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Além disso, o MPSP diz que o acusado influenciou o depoimento de testemunhas durante o inquérito policial e que, caso responda em liberdade, pode manipular provas e atrapalhar o esclarecimento dos fatos.

O posicionamento termina reprovando a ação da defesa ao pedir liberdade para o motorista e diz que as medidas cautelares decretadas durante a investigação são “insuficientes para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”.

Motorista preso

O motorista do Porsche foi preso em 6 de maio, após ficar três dias foragido. Na época, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um habeas corpus da defesa para que Fernando Sastre fosse solto.

O empresário é réu por homicídio doloso e lesão corporal gravíssima, em razão do amigo Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no Porsche com ele e ficou gravemente ferido.

Em seu interrogatório, o motorista do Porsche negou ter bebido. A Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência, liberou Fernando sem fazer o teste do bafômetro. A Corregedoria da PM apura a conduta dos agentes que erraram na abordagem.

Investigação

Laudo do Instituto de Criminalística apontou que a velocidade média do Porsche era de 156 km/h. Quando se apresentou à polícia, contudo, mais de 36 horas após o acidente, o empresário disse que estava “um pouco acima da velocidade máxima permitida”, que é de 50 km/h.

À polícia, o amigo que estava no Porsche disse que Fernando Filho havia ingerido bebida alcóolica antes, contrariando o depoimento do empresário.

Vídeo com voz pastosa

Vídeo encaminhado ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) mostra o empresário Fernando Sastre falando com a voz pastosa dentro do Porsche minutos antes do acidente que causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, no dia 31 de março.

As imagens foram divulgadas no último dia 14 pelo portal G1 e, depois, obtidas pelo Metrópoles. A cena foi gravada por Juliana de Toledo Simões, namorada de Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no veículo com Fernando.

Na filmagem, Giovanna Pinheiro da Silva, namorada de Fernando, pergunta: “Você quer apanhar?”. Ele responde com a voz pastosa: “Vamos jogar sinuca”. Na sequência, Juliana pergunta: “Vamos o que, Fernando?”. Ele repete: “Vou jogar sinuca”. Giovanna então diz: “Eu não! Cê vai sozinho, tchau. Eu vou embora com eles.” E a porta do Porsche é fechada.

Apresentando sinais de embriaguez, Fernando Filho recebeu permissão dos PMs para ir embora, sem fazer o teste do bafômetro. Os policiais também são alvo de investigação.

Assista:

 

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