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MPSP cobra diligências para denunciar casal que esqueceu menino na van

A pedido do MPSP, Justiça paulista mandou inquérito voltar para delegacia para realização de perícia na van e necrópsia da vítima

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Foto colorida mostra Kaliane e Apollo Gabriel
1 de 1 Foto colorida mostra Kaliane e Apollo Gabriel - Foto: Reprodução

São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) cobrou nesta quarta-feira (29/11) mais investigação para decidir se vai ou não oferecer denúncia contra o casal que esqueceu o menino Apollo Gabriel Rodrigues, de 2 anos, dentro da van escolar na capital paulista. A criança morreu no dia 14, após ficar 6 horas trancada no veículo.

O motorista da van escolar Flávio Robson Benes, de 45 anos, e sua monitora Luciana Coelho Graft, de 44, foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio doloso – o crime mais grave que poderia ser atribuído ao caso. Os dois, que chegaram a ser presos em flagrante, respondem à investigação em liberdade e ainda não foram acusados pelo MPSP.

Para a promotora de Justiça Débora Victor de Andrade, ainda faltam “diligências imprescindíveis” para sustentar uma acusação formal contra o casal. No inquérito, a Polícia Civil ainda não apresentou qual foi o resultado da perícia na van escolar nem o laudo necroscópico da vítima – documentos que ajudam a entender a causa da morte do menino Apollo e a dinâmica dos fatos.

O pedido do MPSP para o inquérito retornar ao 73º Distrito Policial (Jaçanã), a delegacia responsável pelo caso, foi aceito pela Justiça paulista nesta tarde. O prazo para que os policiais concluam a investigação é de até 60 dias.

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CNH devolvida

Na terça-feira (28/11), a juíza Paula Marie Konno, da 2ª Vara do Júri, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), já havia decidido afrouxar algumas medidas judiciais que foram tomadas contra o casal.

Na decisão, a magistrada deu ordem para devolver a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e revogou a ordem de recolhimento noturno – quando a pessoa é obrigada a ficar em casa das 22h às 6h.

A juíza, entretanto, manteve a medida cautelar que suspende o exercício da atividade profissional dos investigados. Ou seja, mesmo com a habilitação de volta, o casal está vetado de atuar no transporte escolar.

Flávio e Luciana deveriam ter deixado o menino de 2 anos na escola às 7h, mas acabaram esquecendo o garoto dentro da van, na Vila Maria, na zona norte da capital, que ficou estacionada em uma garagem até o meio da tarde.

Em depoimento à Polícia Civil, o casal admite que errou na contagem das crianças no dia da tragédia e alega que a mulher havia ido trabalhar sentindo mal estar e enxaqueca. O relatório final da investigação foi entregue pelo 73º DP no mesmo dia dos fatos.

“Não se pode conceber que os dois indiciados quedem-se inerte da nobre função de guardiãs das crianças que transportam, esquecendo a pequena vítima, com apenas 2 anos de idade, dentro de um veículo, como se fosse um saco de batata e ou algum produto”, escreveu o delegado Fernando Barbosa Bocci, na ocasião.

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