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“Menos um fazendo L”: “Esse cara foi monstro”, diz irmã de atropelado

Família de rapaz que morreu atropelado em SP pretende processar motorista de aplicativo que publicou vídeos debochando de acidente fatal

atualizado

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Arquivo Pessoal
Matheus Campos da Silva, jovem atropelado e alvo de deboche
1 de 1 Matheus Campos da Silva, jovem atropelado e alvo de deboche - Foto: Arquivo Pessoal

São Paulo — A irmã do jovem que morreu atropelado na última terça-feira (25/4), na região central de São Paulo, afirmou que a família vai processar o motorista de aplicativo que o atropelou e depois publicou vídeos em rede social debochando da vítima, ao dizer que era “menos um fazendo L”.

Em um dos vídeos, Christopher Rodrigues, de 27 anos, diz que se recusou a tirar o carro de cima da vítima para que ela não fugisse antes de a polícia chegar ao local. O jovem atropelado, Matheus Campos da Silva (foto em destaque), de 21 anos, teria furtado um celular de outro veículo que seguia na frente.

“Esse cara foi um monstro”, afirmou ao Metrópoles Talita Maiara Castro Campos, de 32, irmã de Matheus. “Ele foi frio. Tem um coração frio esse rapaz. Se fez isso com meu irmão, pode agir com outras pessoas só por achar que estão fazendo algo errado”, completa, a respeito de Christopher.

Segundo Talita, a família está procurando um advogado para acionar judicialmente o motorista de aplicativo. “A gente está vendo como homicídio doloso [com intenção]. Ele imaginou o que meu irmão estava fazendo”, disse.

“Nada disso vai trazer meu irmão de volta, mas, pelo deboche, a gente vai pedir indenização. O que tiver para colocar em cima dele, a gente vai colocar”, afirma Talita.

A irmã de Matheus explicou também que mesmo os parentes do atropelador estariam se sentindo mal ao ver as cenas. “Os familiares dele também devem estar sofrendo. Não é possível”, pontua. “Meu irmão estava vivo, debaixo do carro, pedindo socorro, e ele não quis que ninguém o tirasse”, alega.

Sobre as imagens, Talita conta que não teve condições de ver o irmão sob o carro, mas que viu os trechos em que o atropelador debocha de toda a situação.

Talita afirmou que o irmão vendia capinhas de celular, chocolates e água em diferentes locais, como ônibus, metrô, trem e perto da unidade onde a mãe faz hemodiálise. Trabalhava como vendedor ambulante também nos bairros de Santo Amaro e Grajaú. A família vive no Jardim Angela, também na zona sul.

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O corpo de Matheus foi enterrado na última quinta-feira (27/4), no Cemitério São Luiz, na zona sul da capital paulista.

Sobre a expressão “menos um fazendo L”, usada por Christopher em um dos vídeos, em alusão a eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Talita diz que o irmão não manifestava preferência política. “O Matheus era molecão, tinha 21 anos e nem falava a respeito disso”, explica.

Segundo o delegado Percival Alcântara, titular do 5º DP (Aclimação), a investigação da Polícia Civil deverá concluir se o homicídio cometido por Christopher foi culposo (sem intenção) ou doloso (intencional).

Na última sexta-feira (27/4), o motorista de aplicativo disse à polícia que não quis matar o jovem e que estava arrependido de publicar os vídeos em redes sociais.

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