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“Menos um fazendo L”: aplicativos banem atropelador que debochou de morto

Aplicativos 99 e Uber excluíram motorista Christopher Rodrigues, que atropelou, matou e debochou de suspeito de furtar celular em São Paulo

atualizado

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Reprodução/Instagram
Atropelador debocha de vítima em SP
1 de 1 Atropelador debocha de vítima em SP - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo — Os aplicativos 99 e Uber afirmaram que excluíram o motorista Christopher Rodrigues, de 27 anos, de suas bases de colaboradores. Ele atropelou, matou e debochou de um suspeito de furtar um celular na região central de São Paulo, na última terça-feira (25/4).

Como o Metrópoles mostrou, Rodrigues publicou uma série de vídeos em seu perfil no Instagram logo após o atropelamento. Em um deles, ele admite que se recusou a tirar o carro de cima da vítima atropelada, que ainda estava viva. Em outro, comemora o fato dizendo “menos um fazendo L”, em alusão ao sinal com os dedos usado pelos apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022.

O caso aconteceu no fim da tarde da última terça-feira (25/4), no viaduto Júlio de Mesquita Filho, na ligação Leste-Oeste. O suspeito, identificado como Matheus Campos da Silva, de 21 anos, teria tomado o celular de outro motorista de aplicativo e, ao fugir, foi atropelado por Rodrigues, que dirigia um pouco atrás, em um Ford Ka preto. Silva chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Procurada naa segunda-feira (1º/5), a 99 afirmou que Rodrigues era cadastrado na plataforma, mas que “o fato (atropelamento) não ocorreu durante uma corrida”. “A empresa ressalta que repudia veementemente e tem uma política de tolerância zero a qualquer forma de violência”, disse, em nota. “Dessa forma, o perfil do condutor foi permanentemente bloqueado”, completou.

A Uber se manifestou nesta terça-feira (2/5). A empresa afirmou que o motorista teve sua conta desativada da plataforma após o episódio. “Pelas informações apresentadas até o momento, ele não estava realizando viagens no momento do incidente. A empresa permanece à disposição dos órgãos de segurança para colaborar com as investigações, na forma da lei”, disse.

 

Depois de publicar uma série de vídeos debochando do atropelado, Rodrigues postou uma foto em sua rede social dizendo que já estava em casa e que, no 78º DP (Jardins), a possibilidade de ser fichado pelo crime de homicídio tinha sido desconsiderada e que tudo tinha sido somente “um acontecimento”.

Na última sexta-feira (27/4), Rodrigues prestou depoimento no 5º DP (Aclimação), na área onde aconteceu o atropelamento. Segundo o delegado Percival Alcântara, o motorista disse que estava arrependido e que não teve a intenção de passar por cima de Silva.

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Alcantâra afirmou que, no 78º DP (Jardins), o caso foi registrado como furto e morte suspeita/acidental. Ou seja, a Polícia Civil ainda pretende esclarecer se o homicídio foi culposo (sem intenção) ou doloso (com intenção).

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