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Impasse na escolha de turmas deixa escolas com “professor tampão”

Diversos professores com contratos temporários, chamada Categoria O, ainda foram informados sobre em quais escolas e séries deverão atuar

atualizado

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Divulgação/Governo de SP
Foto colorida de sala de aula repleta de alunos em escola estadual de São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de sala de aula repleta de alunos em escola estadual de São Paulo - Metrópoles - Foto: Divulgação/Governo de SP

São Paulo – Um impasse envolvendo o processo de seleção de classes para os professores temporários da rede estadual de ensino fez com que escolas administradas pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) precisassem começar o ano letivo de 2024 com professores “tampão”.

Isso porque até o fim desta quinta-feira (15/2), primeiro dia de aulas nos colégios estaduais, diversos professores com contratos temporários, a chamada Categoria O, ainda não tinham sido informados sobre em quais turmas deveriam lecionar.

Para não deixar estudantes sem aulas em meio ao atraso na distribuição de classes, a Secretaria da Educação afirma que educadores em funções como vice-direção e coordenação poderão atuar como professores substitutos nos próximos dias. A rede também considera contratar professores eventuais.

Segundo a pasta, a seleção de turmas para os professores da categoria O será feita ainda nesta semana.

Entenda o problema

Chamado pelos profissionais da rede de “atribuição de aulas”, o processo para distribuição de classes tem recebido diversas críticas dos educadores desde o início do ano. Como mostrou o Metrópoles, a atribuição chegou a ser suspensa na Justiça a pedido do sindicato que representa a categoria.

Todos os anos, a atribuição de aulas é feita pela Secretaria da Educação. Os professores devem indicar em quais escolas e séries preferem trabalhar e a pasta decide onde cada educador ficará alocado, com base em alguns critérios.

Neste ano, os critérios levam em conta a pontuação final recebida pelos professores no concurso da categoria e o tempo de magistério.

Para os educadores, no entanto, a classificação final tem sido injusta. Há mais de duas décadas na rede, a professora Rosimeire da Silva Monteiro Toledo, 53, afirma que está até agora sem aulas e diz que recebeu uma classificação menor que nos anos anteriores.

“A atribuição foi realizada de uma maneira que não teve transparência”, disse ela. A educadora também critica a demora da Secretaria da Educação para iniciar o processo. “Em 2022, foi feita a atribuição antes do dia 23 de dezembro”, diz ela.

Segundo Rosimeire, a coordenadora da escola em que ela costuma trabalhar, a E. E. Jacques Maritain, precisou assumir as aulas de uma turma nesta quinta-feira por causa da falta de professores.

O Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (APEOESP) divulgou uma nota nesta quinta-feira afirmando que ingressará com uma representação no Ministério Público para responsabilizar a Secretaria da Educação pela desorganização na atribuição.

A nota cita que a Vunesp, entidade responsável pelo concurso dos professores, também deve ser responsabilizada. O sindicato convocou uma manifestação para a próxima quarta-feira (21/12) por causa do problema.

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