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Homem está há 5 dias desaparecido após fortes chuvas no interior de SP

Bombeiros retomaram buscas na manhã desta segunda-feira (2/1); outras cinco pessoas morreram após caírem em córrego de Araraquara

atualizado

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Divulgação/Prefeitura de Araraquara
Chuvas Araraquara
1 de 1 Chuvas Araraquara - Foto: Divulgação/Prefeitura de Araraquara

São Paulo – O Corpo de Bombeiros procura pelo corpo de uma vítima, desaparecida desde o último dia 28, quando ela caiu nas águas do córrego Ribeirão das Cruzes, após o asfalto ruir, em decorrência de uma forte chuva em Araraquara, no interior paulista. A identidade do homem desaparecido não foi informada pela corporação.

Outras cinco pessoas, ocupantes de um carro, também foram tragadas pelas águas do veio d’água. Seus corpos foram encontrados às margens do córrego, na manhã do dia 29, segundo os bombeiros.

As vítimas localizadas foram duas mulheres e um casal de gêmeos, de 15 anos, e um homem. Todos seriam de uma mesma família. Suas identidades também não foram informadas. Após o encontro dos corpos, a prefeitura de Araraquara decretou luto oficial de três dias.

As buscas pela sexta vítima seguem desde então. Elas foram retomadas, na manhã desta segunda-feira (2/1), por duas equipes dos bombeiros. Até a publicação desta reportagem, o corpo do homem não havia sido localizado.

Outras cinco pessoas de uma mesma família também morreram afogadas, em uma prainha do Rio Tietê, no interior de São Paulo, na véspera de Natal.

Estado de emergência

O prefeito de Araraquara Edinho Silva (PT), decretou estado de emergência na cidade, no dia 29. “É a maior tragédia natural que já vivenciamos”, afirmou em uma live na internet, após a forte chuva.

Dados da Defesa Civil da cidade do interior paulista indicam que, em 24 horas, choveram cerca de 200 mm, superando a média estimada para todo o mês de dezembro e afetando mais diretamente os bairros Parque das Laranjeiras, Jardim Maria Luíza, Parque Residencial São Paulo, Jardim Paraíso, Santa Angelina, Jardim Botânico, Jardim Cabuí, Vila Velosa e a região central.

O secretário de Cooperação de Assuntos de Segurança Pública de Araraquara, coronel João Alberto Nogueira Júnior afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a ponte que ruiu, provocando as seis mortes, foi periciada pela Defesa Civil, em outubro de 2022. Na ocasião, garante, “nenhum comprometimento em sua estrutura foi detectado.”

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Policiais acompanham buscas por homem desaparecido após forte chuva em Araraquara, no interior de SP

O grande volume de chuva, de acordo com o governo municipal, provocou o desmoronamento de uma ponte na Avenida Padre Francisco Salles Culturato, sobre o córrego Ribeirão das Cruzes, impedindo com isso a circulação de veículos e pedestres; danos estruturais na canalização do Córrego da Servidão, abaixo da Avenida Maria Antonia Camargo de Oliveira, conhecida como via expressa; danos na estrutura da ponte da Avenida Armando Salles de Oliveira; alagamento e danos no asfalto e sistema de drenagem em 19 endereços; danos na rede de esgoto de outras 4 localidades, além de danos também na rede de distribuição de água.

O prefeito Edinho acrescentou que, após o encontro da última vítima, será iniciado o processo de reconstrução da cidade. “São muitas áreas destruídas, que nós teremos que reconstruir. Araraquara vai se reconstruir, vocês podem ter certeza disso. Nós iremos trabalhar incansavelmente para que a cidade se recupere”. Por se tratar de reparos de infraestrutura, os trabalhos devem demorar meses. “Não se recupera esses pontos em questão de dias ou semanas”, pontuou.

O número de pessoas impactadas pelos danos estruturais não foi informada até o momento.

Para o reparo dos estragos, a prefeitura estipulou prazo de 180 dias, a contar do dia 29.

Mortes por afogamento crescem

O número de pessoas mortas em decorrência de afogamentos aumentou em 16,2 % no estado de São Paulo, comparando os 37 casos registrados pelos bombeiros, entre janeiro e novembro de 2021, com os 43 do mesmo período do ano passado.

A corporação passou a divulgar as mortes por afogamentos em 2018, quando 72 pessoas perderam a vida, também entre janeiro e novembro. Ainda considerando o período, foram 74 casos em 2019 e 65 em 2020.

 

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