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Dono de padaria ameaça cliente por causa de uso de notebook; vídeo

Comerciante de 65 anos ameaçou empresário com pedaço de madeira em Barueri, na Grande São Paulo; caso repercutiu na internet

atualizado

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Reprodução/Arquivo Pessoal
Foto colorida dividida em duas partes. Esquerda com homem de preto e mão na cabeça e direita com homem de branco segurança pedaço de madeira - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida dividida em duas partes. Esquerda com homem de preto e mão na cabeça e direita com homem de branco segurança pedaço de madeira - Metrópoles - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

São Paulo — O empresário Alan de Barros, de 32 anos, resolveu contratar um segurança particular, na última quarta-feira (31/1), após receber ameaças anônimas, por meio de mensagens nas suas redes sociais. O motivo: ele ter compartilhado um vídeo no qual o dono de uma padaria de Barueri, na Grande São Paulo, tenta agredi-lo por causa do uso de um notebook na mesa do estabelecimento.

O vídeo feito por Alan viralizou nas redes sociais. Nas imagens, o dono do Empório Bethaville, Silvio Mazzafiori, de 65 anos, aparece ofendendo e ameaçando o empresário por causa do notebook (assista abaixo).

Alan tem uma empresa em Dubai, cidade nos Emirados Árabes Unidos, onde reside há cerca de dois anos e de onde havia partido para o Brasil, há cerca de um mês, para expandir seus negócios na área de tecnologia.

Natural de Curitiba (PR), ele aproveitou a viagem de negócios e marcou um café com amigos de São Paulo que não via há algum tempo. O local escolhido foi o Empório Bethaville.

“Meu pedido, uma torta e um café, tinham acabado de chegar e abri meu notebook, para mostrar algumas coisas para os meus amigos. Foi quando chegou o senhor [Silvio Mazzafiori], muito agressivo. Não costumo gravar as coisas com meu celular, mas decidi fazer isso, ainda bem, por causa da agressividade dele”, conta Alan ao Metrópoles.

O comerciante alegava que Alan estava vendendo algum tipo de serviço e pediu para ele parar, mostrando uma plaquinha, na qual é afirmado ser proibido usar aparelhos eletrônicos no local.

“Eu determino o que é lei dentro do meu estabelecimento. Você está comercializando alguma coisa dentro do meu estabelecimento, aí é proibido”, alega o comerciante no vídeo.

Alan afirma ao Metrópoles que não estava comercializando nada e que só queria mostrar para os amigos algumas coisas sobre sua empresa, mas sem compromisso.

“O que eu estaria falando com meus amigos, mostrando, é direito de qualquer pessoa. Controlar o que se vai falar na mesa soa ridículo, ainda mais nos dias de hoje, com nossa tecnologia. É normal responder e-mails de qualquer lugar e etc”, diz.

Violência

Durante a discussão, o comerciante argumenta se Alan “é homem” para resolverem a situação fora da padaria. Silvio chega a destacar que uma viatura da Polícia Civil estava estacionada em frente ao estabelecimento.

Alan não bebe o café, não come a torta e sai do padaria. Ele é seguido pelo comerciante, que segura um grande pedaço de madeira nas mãos e corre para cima do empresário. Policiais civis testemunham a cena e não fazem nada para impedir.

Após percorrer poucos metros, o comerciante tropeça e cai com o rosto no chão. Ele chega a sangrar e fica mais agressivo, gritando ameaças contra Alan e um amigo do empresário, que registram tudo em vídeo.

“Eu vou achar vocês dois. Eu vou matar vocês. Eu vou achar esse cara. Não filma eu, não”.

Alan registrou um boletim de ocorrência de ameaça na delegacia de Barueri. Ele afirmou ter tido dificuldade para fazer a denúncia e precisou da presença de seu advogado para isso.

Ele acrescenta que recebeu ameaças, de perfis falsos, em suas redes sociais e por mensagens. Isso o deixou assustado, a ponto de decidir contratar um segurança particular.

Reincidente

O Metrópoles apurou que o comerciante impede clientes de usar aparelhos eletrônicos em seu estabelecimento ao menos desde 2018. Uma cliente, que pretendia responder e-mails em seu tablet, registrou a abordagem feita por Silvio na ocasião (assista abaixo).

 

Além dela, dezenas de clientes registraram denúncias no site Reclame Aqui destacando a proibição do uso de aparelhos, a conduta agressiva do comerciante, além de mencionar preços abusivos e mal atendimento.

A reportagem não conseguiu falar com o comerciante. O espaço segue aberto para manifestação.

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