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Discord bane grupo em que aluno foi instruído a atacar escola em SP

Segundo o Discord, o grupo promovia a “glorificação de agressões físicas e sexuais” e alerta membros sobre atos de violência praticados

atualizado

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Montagem com imagem de jovem com capuz e mensagens no Discord relacionadas a ataques violentos - metrópoles
1 de 1 Montagem com imagem de jovem com capuz e mensagens no Discord relacionadas a ataques violentos - metrópoles - Foto: Arte/Metrópoles

São Paulo — A plataforma de conversa Discord informou, nesta segunda-feira (30/10), que excluiu o grupo em que o autor do ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, planejou e recebeu instruções sobre o atentado. Segundo o Discord, o grupo promovia a “glorificação de agressões físicas e sexuais”. A plataforma diz que grupos com conteúdo semelhante também foram excluídos.

O Discord enviou aos membros dos grupos um alerta sobre os atos de violência praticados.

“Sua conta está recebendo esta mensagem por participar de um servidor que viola nossas diretrizes da comunidade. Especificamente, [nome do grupo] permite ou encoraja conteúdos que glorificam, promovem ou pedem por agressões físicas ou sexuais de contra um indivíduo ou uma comunidade”, diz o alerta.

Conforme revelado pelo Metrópoles, o adolescente de 16 anos que matou a tiros Giovanna Bezerra da Silva, de 17, no último dia 23, pediu ajuda a integrantes do grupo do Discord em questão. O menor de idade chegou a fazer uma transmissão ao vivo de dentro da escola momentos antes de começar os disparos.

O Metrópoles decidiu não divulgar o nome do grupo no Discord do qual o adolescente fazia parte, nem os apelidos usados pelos integrantes, porque, como mostram as próprias mensagens, o objetivo deles é, justamente, obter fama e prestígio no submundo da internet por meio dos atos de violência que praticam ou estimulam dentro e fora da plataforma.

Em nota enviada ao Metrópoles, o Discord não deu detalhes de quantos grupos teriam sido excluídos. “Excluímos a conta do usuário, excluímos o servidor onde a conversa aconteceu, removemos o conteúdo relacionado e banimos ou avisamos outras contas envolvidas”.

“Continuamos a colaborar com as autoridades policiais, incluindo o compartilhamento de informações sobre contas associadas que ameaçam ou glorificam a violência”, completa o texto da plataforma.

Ameaça não detectada

Na nota, o Discord diz que não recebeu denúncias sobre as trocas de mensagens que planejavam o atentado em São Paulo, por isso não pôde intervir. A plataforma afirma ter tomado iniciativa assim que tomou conhecimento do caso.

“Não recebemos nenhuma denúncia de usuário ou informação de inteligência antes da ocorrência do incidente. Assim que nossa equipe de segurança tomou conhecimento da situação e obteve informações acionáveis, investigamos imediatamente e agimos em 20 minutos. Excluímos a conta do usuário, excluímos o servidor onde a conversa aconteceu, removemos o conteúdo relacionado e banimos ou avisamos outras contas envolvidas”, afirma o Discord.

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