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Chegada de voo de Israel a SP é marcada por choro, abraços e alívio

Avião da FAB pousou no fim da manhã desta sexta-feira (13/10) em Guarulhos, com 64 brasileiros que foram resgatados em Israel

atualizado

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William Cardoso/Metrópoles
Foto colorida da aposentada Evelyn Crimerman e do filho Tiago Marchesano na base aérea de São Paulo, em Guarulhos, após retorno dela de Israel - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida da aposentada Evelyn Crimerman e do filho Tiago Marchesano na base aérea de São Paulo, em Guarulhos, após retorno dela de Israel - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — A aposentada Evelyn Crimerman, de 68 anos, não se conteve ao colocar os pés no chão da Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, e correu para abraçar o filho, o produtor cultural Thiago Marchesano, 42, que a aguarda nas grades que separaram o galpão da Força Aérea Brasileira (FAB) da área de taxiamento das aeronaves.

Ela foi um dos 64 brasileiros que desembarcaram da aeronave KC-390 Millennium, por volta das 11h30 em São Paulo, na terceira viagem da Operação Voltando em Paz, deflagrada pelo governo federal para repatriar quem está na zona de guerra em Israel.

Evelyn correu em direção ao filho, agradeceu pela gentileza da tripulação e, depois, mais calma, já na área onde era oferecido um buffet para as pessoas resgatadas, contou que deixou dois netos, a filha e o genro em Israel, antes de embarcar para o Brasil. “Falei com a minha filha e ela disse que a situação está mais calma, as lojas abrindo”, disse.

Segundo Evelyn, a cidade onde estão os familiares é próxima a Tel Aviv, capital israelense, e não corre tanto risco quanto outras próximas à Faixa de Gaza, onde fica estabelecido o Hamas, grupo extremista que iniciou ataques a civis em Israel no último sábado (7/10)

A emoção também tomou conta de Rafael Graisser, de 26 anos, assim que reencontrou o pai, que o aguardava junto com outros familiares.

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“Estava com bastante medo, na verdade com angústia, de não saber o que ia acontecer e o que esperar, o que os inimigos são capazes de fazer, essa desumanidade. Só queria estar com a minha família”, afirmou.

Rafael conta que perdeu um amigo chamado Ranani. Outro, Rafael Zimmerman, sobreviveu. “É um herói para mim”, diz.

A estudante Rebeca Rojs, 17 anos, foi recebida com beijos e abraços pela família. “Foi um alívio ter voltado, a melhor decisão a ser tomada. É uma região tranquila, mas ontem ouvimos a sirene pela primeira vez, e tomara que seja a última [por lá]”, disse

A gente imagina nunca passar. O coração foi testado”, afirmou a dentista Juliana Castilho Chaves Rojs, 52 anos, mãe de Rebeca.

O retorno

O voo que trouxe os brasileiros saiu de Tel Aviv, passou por Lisboa, Guiné-Bissau e Recife, antes de chegar a Guarulhos, com 64 dos 69 passageiros — cinco ficaram na capital pernambucana. O avião, um KC-390, é usado para atividades operacionais e a viagem levou 18 horas, no total.

“É uma ponte aérea da fraternidade de 10 mil quilômetros, é grande”, afirmou o comandante da operação, brigadeiro Damasceno. Em um voo com tantas escalas e com essa distância, dobrou-se o número de tripulantes — foram 12 pessoas.

“Tinha um clima de euforia, e nesse clima, muitas vezes, a pressão sobe. Nossos médicos e psicólogos estiveram bem operativos, é muito bom ter essa equipe multidisciplinar”, afirmou Damasceno. Havia um menina grávida, estávamos preocupados, mas havia médica a bordo e ficou tudo bem”, disse.

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