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Bombeiros receberam uma chamada por minuto em 9h de chuva no litoral

São Sebastião foi a cidade mais castigada pelas tempestades e somou mais de 70% dos pedidos de socorro, de acordo com a corporação

atualizado

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Divulgação/Bombeiros
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1 de 1 baixa_bombeiros-demoronamento - Foto: Divulgação/Bombeiros

São Paulo – Os bombeiros receberam o equivalente a uma chamada por minuto, para atender a ocorrências relacionadas com as fortes chuvas que castigaram o litoral paulista, nas primeiras nove horas deste domingo (19/2).

Quatro cidades somaram 660 chamadas, segundo a corporação, das quais São Sebastião, a mais prejudicada pelos temporais, contabilizou 481, representando 72,8% do total.

Até por volta das 15h, haviam sido confirmadas quatro mortes, uma em Ubatuba, de uma menina de 7 anos, e as demais em São Sebastião, incluindo de um bebê de 9 meses. Além dos bombeiros, moradores se mobilizaram para ajudar nos resgates, incluindo de crianças, como mostra o vídeo abaixo.

Também solicitaram apoio dos bombeiros as cidades de Caraguatatuba, com 101 chamados, Ubatuba, com 66 e Ilhabela, com 12. As quatro cidades litorâneas registraram pontos de alagamentos, deslizamentos e desabamentos, deixando dezenas de pessoas desabrigadas.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que helicópteros Águia, da Polícia Militar, e aeronaves do Exército foram escaladas para ajudar equipes dos bombeiros a acessarem regiões de São Sebastião, inacessíveis por via terrestre. As comunidades da Praia da Baleia e Barra do Sahy, segundo o chefe do Executivo paulista, estão ilhadas em decorrência da obstrução de trechos de estrada.

São Sebastião decretou estado de calamidade pública, após a cidade ser castigada pelas fortes chuvas, que caíram no município desde a sexta-feira (18/2). Até o momento, a prefeitura confirmou a morte da funcionária pública Fabiana de Freitas Sá, de 35 anos. Os outros dois óbitos registrados no município são de de um bebê de 9 meses e de um homem, de 30 anos.

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Prefeitura de São Sebastião (SP) decreta estado de calamidade

Desobstruir acessos

O governador Tarcísio de Freitas afirmou, em coletiva de imprensa, que o primeiro objetivo é desobstruir os acessos por terra às áreas atingidas pela chuva. Até lá, ele acrescentou que, para o socorro chegar nas regiões, serão usados helicópteros da PM e do Exército.

“Nós pedimos um apoio das Forças Armadas e fomos prontamente atendidos. Então, o Batalhão de Aviação de Taubaté [interior paulista] vai disponibilizar aeronaves de grande porte para que a gente possa, primeiro, deslocar a tropa de bombeiros para lá [regiões isoladas]. Essa tropa não está conseguindo chegar [por terra], para ajudar no resgate, em função do bloqueio da rodovia.”

Tarcísio acrescentou que as aeronaves também serão usadas para o transporte de feridos, para hospitais de referência no litoral, interior e capital. Ele estima que o número de feridos, em São Sebastião, pode passar de 30. “Só saberemos [o número exato] quando as equipes chegarem aos locais”, isolados por causa da quedas de barreiras.

Primeiramente, os feridos serão deslocados para o hospital regional de Caraguatatuba, no litoral. “Quando a gente esgotar a capacidade do hospital de Caraguatatuba, vamos começar a levar [os feridos] para o hospital regional de São José dos Campos [interior] e, por fim, o Hospital das Clínicas, em São Paulo [capital]”, explicou o governador.

A Defesa Civil do Estado recomenda para que a população não viaje para o litoral norte paulista “até que a situação esteja normalizada.”

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