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Eliana, Fraga e Ibaneis brigam para ir ao segundo turno

Ibope e Datafolha indicam tendências, mas eleição ao Palácio do Buriti ainda não está definida

Autor Hélio Doyle

atualizado

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1 de 1 trio - Foto: Arte/Metrópoles

Não começou nesta campanha a prática de fazer propaganda eleitoral com os resultados das pesquisas de opinião. Antes era só nos programas de rádio e televisão, mas agora os resultados, devidamente editados de acordo com os interesses do candidato, são divulgados também em banners nas redes sociais e nos blogs e jornais para isso convenientemente remunerados.

Chega a ser ridículo, mas como a maioria dos eleitores não entende as pesquisas e recebe apenas as informações selecionadas, acaba acreditando em bobagens, como a de um candidato que “dispara” subindo dois pontos em sondagens feitas por institutos diferentes em datas distintas. Ou de outro que “desaba” um ponto, como se não existisse margem de erro. Houve até candidato que alardeou liderança em intenção de voto espontânea. Enquanto durou, é claro.

Os que não aparecem bem nas pesquisas reclamam e clamam contra os institutos, nenhum deles merecedor de confiança, segundo eles – até que melhorem seus números. Um argumento ao gosto de alguns candidatos é o de que suas pesquisas “internas”, essas sim confiáveis, mostram resultados diferentes. Como ninguém as conhece, fica por isso mesmo.

Já ficou repetitivo dizer que pesquisas quantitativas, como as que vêm sendo feitas, mostram apenas o quadro de um momento determinado. Os resultados podem mudar de um dia para o outro, especialmente quando a eleição vai se aproximando. Os institutos têm metodologias diferentes, o que provoca algumas discrepâncias nos números. E a margem de erro tem de ser considerada nas análises.

Uma alta nas pesquisas anima os seguidores de um candidato, uma baixa pode desanimá-los. Eleitores que pensam em votar contra um candidato e, por isso, deixam para decidir nos últimos dias, são influenciados pelas pesquisas. O voto útil baseia-se nelas. Um candidato em ascensão passa a ser alvo preferencial dos ataques dos adversários. A Rede Globo, de grande audiência, usa as pesquisas para determinar quem merece ou não sua cobertura diária.

Apenas tendências
Mas nenhuma das pesquisas está mostrando, efetiva e definitivamente, que candidatos a governador do Distrito Federal irão para o segundo turno, e muito menos quem será o eleito. Agora, a 18 dias da eleição, as pesquisas, examinadas em seu conjunto e pelas séries históricas, começam a indicar tendências. Já é possível arriscar, mas o quadro – digam o que quiserem os postulantes e seus estrategistas – ainda não está definido.

Os resultados apontados pelas últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha são iguais, com todos os candidatos dentro das margens de erro e com diferença máxima de dois pontos apenas no caso de Eliana Pedrosa, do Pros (22% no Ibope e 20% no Datafolha). A única diferença a ser ressaltada é quanto aos índices obtidos por Ibaneis Rocha (MDB): 9% no Ibope e 13% no Datafolha. O que significa entre 6% e 12% no Ibope e entre 10% e 16% no Datafolha.

Como os resultados desses dois institutos têm sido coerentes com os que outros apresentaram alguns dias atrás, não há nenhuma razão objetiva para imaginar que haja um grande erro ou manipulação de números. Alguns candidatos que recebem sondagens diárias (tracking), inclusive, confirmam isso.

O que Ibope e Datafolha indicam é que a tendência é de que Eliana Pedrosa, Ibaneis Rocha e Alberto Fraga (DEM) disputem quais os dois que irão para o segundo turno, com vantagem, hoje, para a candidata. Se Ibaneis continuar no mesmo ritmo de crescimento, estará à frente de Fraga nas próximas pesquisas, em princípio previstas para o dia 27. O Ibope e o Datafolha indicam também uma tendência de queda ou de estagnação dos índices de Rodrigo Rollemberg (PSB), que mantém altíssima rejeição, e de Rogério Rosso (PSD).

Mas tendência não é inexorável e ainda há campanha pela frente. E, pelo jeito, campanha pesada. Vale observar que os índices de segurança inferidos dos eleitores de Fraga (71%) e de Rollemberg (66%) são altos, e que os de Rosso (45%), de Ibaneis (53%) e de Eliana (55%) estão abaixo.

O tiroteio verbal entre os candidatos vai aumentar, pois todos estão vendo com mais clareza quem são os oponentes que podem impedi-los de ir ao segundo turno. A redução substancial dos que não sabem em quem votar não quer dizer que apenas esses 4% ou 8% têm seus candidatos indefinidos.

Afinal, é uma eleição diferente. Tanto no Ibope quanto no Datafolha, o general Paulo Chagas (PRB), sem participar dos debates, sem cobertura diária na Globo e sem tempo de televisão, está tecnicamente empatado, com seus 5%, com Rosso (10% e 11%). No Ibope, empata também com Rollemberg (11%), ficando a um ponto do empate com o governador no Datafolha (12%).

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