Moradores do Bloco J da quadra 305 do Sudoeste acionaram o Corpo de Bombeiros na noite desta terça-feira (17/5) depois que um forte cheiro de gás começou a exalar das caldeiras localizadas no subsolo do prédio. De acordo com os condôminos, o odor começou no último domingo (15), mas se agravou.
Desde domingo, os condôminos tentam achar uma solução para o problema, sem sucesso. Acionaram a empresa de manutenção dos equipamentos, mas foram informados de que não havia nenhum problema, mesmo com a persistência do cheiro.“Fico preocupada porque moro com crianças e um possível vazamento de gás é uma coisa muito perigosa. Antes, o odor estava só no meu quarto, mas hoje chegou ao cômodo dos meus filhos e à sala”, explica a administradora Fernanda Oliveira, 39 anos, que mora no apartamento localizado acima da chaleira de onde sai o calor das caldeiras, responsáveis por fornecer água quente ao edifício.
A situação ficou mais complicada porque, segundo moradores, o síndico do prédio não prestou nenhum apoio durante a situação. “Ele não mora aqui, não atende o telefone nem responde às mensagens dos moradores. Os próprios funcionários dizem que nem adianta tentar ligar para ele”, explica Fernanda.
Na noite desta terça, o bombeiro militar W. Rodrigues, do 45º Grupamento (Sudoeste), explicou aos moradores que não foi detectado vazamento de gás e que o mau cheiro não apresenta riscos. “Não posso explicar qual o problema porque só a empresa responsável poderá fazer isso, mas não há perigo aos condôminos”, assegurou.

Bombeiros foram acionados para analisar suspeita de vazamento de gás no SudoesteDaniel Ferreira/Metrópoles

Militar acompanha moradores do prédio

Caldeiras do prédio: condôminos ficaram preocupados com o cheiro que exala do localDaniel Ferreira/Metrópoles

Os equipamentos foram vistoriados pelos bombeirosDaniel Ferreira/Metrópoles

Chaminé de onde sai o calor produzido pelas caldeirasDaniel Ferreira/Metrópoles
A informação foi corroborada pelo técnico Marcelo Ferreira, da companhia que fornece o gás utilizado nas caldeiras. Ele também atendeu ao chamado dos moradores do edifício e afirmou que o problema pode estar sendo causado por uma falha nos equipamentos. “O que está acontecendo é a queima irregular do gás carbônico. É um problema que precisa ser resolvido por meio da manutenção nas caldeiras”, disse.
Na manhã desta quarta-feira (17), o Metrópoles entrou em contato com a empresa Alternativa, responsável pelos aquecedores a gás do prédio. Segundo um funcionário, a companhia foi informada do incidente e encaminhou uma equipe para avaliar possíveis falhas no sistema de exaustão. Um relatório da visita dos técnicos deve ser entregue no final da tarde. O síndico do edifício não foi localizado até o momento.