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Temor sobre bancos volta a assombrar Europa; bolsas fecham no vermelho

Novo foco de preocupação dos investidores é o gigante alemão Deutsche Bank, cujas ações derreteram nesta sexta-feira (24/3)

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Em mais um dia turbulento no mercado financeiro, os principais índices das bolsas de valores europeias fecharam em queda, diante do temor generalizado sobre um novo repique da crise bancária e o possível contágio de todo o setor financeiro.

Quase uma semana depois do socorro ao Credit Suisse, que foi vendido ao UBS, o novo foco de preocupação dos investidores é o gigante alemão Deutsche Bank, cujas ações derreteram nesta sexta-feira (24/3).

Os swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) do banco – um tipo de seguro para os detentores de títulos de uma empresa que protege contra a inadimplência – atingiram o nível mais alto em quatro anos, em 173 pontos-base, na noite de quinta-feira (23/3). No dia anterior, esse índice era de 142 pontos-base.

Perto do horário de fechamento das bolsas na Europa, nesta sexta, o CDS do Deutsche Bank operava em 208 pontos-base.

O CDS serve para dar segurança em operações de crédito contra um possível calote. A alta expressiva do CDS do banco alemão, em um intervalo de tempo tão curto, indica que os investidores estão muito preocupados com o sistema bancário.

Nesta sexta, o índice Stoxx 600, das 600 maiores empresas europeias listadas em bolsas, fechou em baixa de 1,4%, aos 440 pontos.

Na bolsa de Frankfurt, o índice DAX recuou 1,66%, aos 14,9 mil pontos. Em Londres, o FTSE cedeu 1,26%, aos 7,4 mil pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, cedeu 1,74%, aos 7 mil pontos.

As ações do Deutsche Bank encerraram o pregão com um tombo de quase 9%, após terem recuado até 14% durante a sessão. Outro banco alemão, o Commerzbank, caiu 5,45%. O francês BNP Paribas teve perdas de 5,27%, enquanto o Société Générale baixou 6,13%.

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