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MST inicia desocupação de área da Embrapa em Pernambuco

A saída do MST do local, invadido na semana passada, havia sido determinada pela Justiça na quarta-feira (19/4)

atualizado

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Reprodução / MST
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1 de 1 mst-ocupa-quatro-fazendas-bahia - Foto: Reprodução / MST

Depois de fechar um acordo com o governo, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) começou a desocupar, na noite de sábado (22/4), uma área de preservação ambiental da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Petrolina (PE), que havia sido invadida no domingo passado.

Segundo a Polícia Militar pernambucana (PM-PE), os sem terra se deslocaram para um acampamento provisório em uma área vizinha. A ocupação reunia cerca de 600 famílias. Até o momento, a retirada do grupo da área da Embrapa acontece de forma pacífica.

A saída do MST do local havia sido determinada pela Justiça na quarta-feira (19/4). No dia seguinte, as lideranças do movimento receberam uma intimação judicial para que a desocupação acontecesse em até 48 horas.

Na quinta-feira (20/4), integrantes da coordenação nacional do MST estiveram em São Paulo para uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no escritório na pasta na capital paulista.

Após o encontro, o coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, disse que o grupo deixaria a área da Embrapa e também a sede da empresa produtora de papel e celulose Suzano, em Aracruz (ES).

“Nós vamos desocupar a Embrapa assim que acharmos um local para colocar as famílias que estão lá. E nós vamos desocupar a área da Suzano. Estamos em uma negociação com o governo do estado (do Espírito Santo) porque aquela área é pública. O compromisso do MST com o ministro Haddad foi esse”, disse o líder dos sem terra.

Rodrigues disse, no entanto, que áreas improdutivas continuarão a ser ocupadas pelo MST. “Áreas improdutivas nós vamos continuar ocupando porque queremos para a reforma agrária. As áreas que são produtivas e que estão cumprindo sua função social o MST não tem por que reivindicar para a reforma agrária”, afirmou.

“Não tem motivo para o MST criar conflito ou constrangimento para o governo Lula. O MST é parceiro desse governo. Temos uma agenda de produção de alimentos. Agora, nós achamos justo que, no mês de abril, o MST possa apresentar sua pauta”, completou Rodrigues.

Na reunião com Fernando Haddad, o MST apresentou uma lista de reivindicações relacionadas à reforma agrária. O movimento pediu o “assentamento imediato” de 60 mil famílias acampadas e também um programa de crédito para as famílias já assentadas. Rodrigues também pediu que o governo aumente o orçamento destinado à reforma agrária, que, segundo ele, é “insuficiente”.

As invasões fazem parte das ações do MST no chamado “abril vermelho”. Os atos foram repudiados pelos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, depois de o governo ser criticado pela oposição por suposta leniência com os sem terra.

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