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Meirelles: BC acertou ao não cortar juros, diz ex-ministro

Henrique Meirelles diz que Banco Central “decidiu corretamente” e que terá de aguardar os próximos resultados da economia

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida de Henrique Meirelles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (22/6) que o BC acertou ao manter a taxa de juros inalterada.

O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou na quarta-feira (21/6) a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%. A Selic está em seu maior patamar desde 2016 e tem sido mantida nesse patamar nas últimas sete reuniões do Copom.

Meirelles afirmou que o “BC decidiu corretamente não cortar os juros ontem”. O ex-presidente do BC participou em São Paulo do evento Blockchain SP, sobre criptomoedas.

“O importante é que o BC está dando segurança nas projeções inflacionárias. A economia deve ter um crescimento moderado, mas melhor do que se temia no final do ano passado”, disse Meirelles.

Cortes futuros

Meirelles apontou que a autoridade monetária precisará estar atenta aos próximos resultados da economia para prever a trajetória da inflação. O ex-ministro afirmou ainda que há dúvidas sobre a capacidade do governo de arrecadar o necessário para fazer valer o marco fiscal, em vias de aprovação no Congresso.

Apesar das incertezas, Meirelles reforçou também que a inflação brasileira “está bem controlada” na comparação com países no exterior.

Há uma expectativa no mercado de que o comitê inicie uma trajetória de corte de juros sobretudo a partir de agosto ou, no mais tardar, setembro.

No comunicado divulgado após a reunião, o Copom afirmou que um corte nos próximos meses dependerá dos dados adiante.

O comunicado foi visto como duro por economistas, lançando dúvidas sobre o início do ciclo de cortes. O governo criticou o tom do comunicado, e o presidente Lula disse nesta quinta-feira, durante viagem à Europa, que a autoridade monetária “joga contra” os interesses da economia. A equipe da Fazenda disse nos bastidores que o comunicado é “inacreditável”.

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