Justiça decreta falência da Editora Três, que publica revista IstoÉ
De acordo com o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, a Editora Três descumpriu compromissos firmados em seu plano de recuperação judicial
atualizado
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Em decisão publicada nessa segunda-feira (3/2), a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Justiça de São Paulo determinou a falência da Editora Três.
A empresa é responsável pela publicação das revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro.
De acordo com o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, a Editora Três descumpriu compromissos firmados em seu plano de recuperação judicial, deixando de pagar alguns credores, principalmente trabalhistas.
Entenda
- A recuperação judicial é um processo que permite às organizações renegociarem suas dívidas, evitando o encerramento das atividades, demissões ou falta de pagamento aos funcionários.
- Por meio desse instrumento, as empresas ficam desobrigadas de pagar aos credores por algum tempo, mas têm de apresentar um plano para acertar as contas e seguir em operação.
- Em linhas gerais, a recuperação judicial é uma tentativa de evitar a falência.
Ainda segundo a decisão judicial, a empresa não apresentou comprovantes de pagamento nem prestou esclarecimentos sobre o descumprimento de suas obrigações.
O magistrado determinou ainda que a Editora Três apresente, em até 10 dias, uma lista de credores – descontando valores pagos durante a recuperação judicial e incluindo créditos que não estavam sujeitos ao processo.
A dívida acumulada pela empresa é de R$ 828 milhões, dos quais R$ 820 milhões em débitos tributários.
Outros R$ 7 milhões são de multas trabalhistas, R$ 451 mil de multas eleitorais e R$ 188 mil de débitos não tributários.
IstoÉ
A Editora Três já havia suspendido a publicação impressa da IstoÉ e da IstoÉ Dinheiro. Em janeiro deste ano, a companhia anunciou que os dois veículos ficariam disponíveis exclusivamente de forma digital.
A IstoÉ circulava havia quase 50 anos, desde 1976. A IstoÉ Dinheiro, por sua vez, foi criada em 1997.