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IPCA-15: prévia da inflação fica em 0,28% em agosto, acima do esperado

O resultado representa forte aceleração em relação ao mês anterior, quando o IPCA-15 teve deflação. Em 12 meses, índice ficou em 4,24%

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1 de 1 Imagem colorida mostra mulher pesando banana no caixa de mercado - Metrópoles - Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,28% em agosto, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (25/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa forte aceleração em relação ao mês anterior, quando o IPCA-15 teve deflação de 0,07%, a primeira em 10 meses. Em junho, o índice ficou em 0,04%.

Em linhas gerais, chama-se de deflação a queda média de preços de produtos e serviços, que ocorre de forma contínua. Trata-se de uma “inflação negativa” – ou seja, abaixo de zero.

O IPCA-15 veio acima das expectativas do mercado financeiro. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções, estimava índice de 0,17%.

No acumulado de 12 meses até agosto, o IPCA-15 ficou em 4,24%, acelerando em relação aos 3,19% registrados até julho. A projeção do consenso Refinitiv era a de que o índice ficasse em 4,13%.

No acumulado do ano, até agosto, o IPCA-15 ficou em 3,38%.

Analistas já esperavam alta da inflação no 2º semestre

Especialistas ouvidos pelo Metrópoles já esperavam que a inflação voltaria a subir no Brasil a partir do segundo semestre. O índice cheio do IPCA (a inflação oficial do país) registrado em junho (deflação de 0,08%), segundo eles, deve ter sido o patamar mínimo do indicador em 2023. Em julho, a inflação no Brasil foi de 0,12%.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

De acordo com a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), o mercado projeta que a inflação termine 2023 em 4,9%, um pouco acima do teto da meta definida pelo CMN.

Energia elétrica puxou alta

Segundo os dados do IBGE, sete dos nove grupos pesquisados em agosto tiveram alta de preços. A maior variação (1,08%) e o maior impacto sobre o resultado final (0,16 ponto percentual) vieram da habitação, com destaque para a alta da energia elétrica residencial (4,59%).

Também tiveram alta os grupos de saúde e cuidados pessoais (0,81%) e educação (0,71%).

Pelo lado das quedas, o destaque ficou com alimentação e bebidas (-0,65%). Os demais grupos ficaram entre a queda de vestuário (-0,03%) e a alta de despesas pessoais (0,6%).

Veja a variação de preços por grupo pesquisado

Habitação: 1,08%
Saúde e cuidados pessoais: 0,81%
Educação: 0,71%
Transportes: 0,23%
Despesas pessoais: 0,6%
Artigos de residência: 0,01%
Vestuário: -0,03%
Comunicação: -0,04%
Alimentação e bebidas: -0,65%

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