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Inteligência artificial: Musk assina carta pedindo pausa em pesquisas

Mil pesquisadores, especialistas e executivos do setor de tecnologia criticam “corrida descontrolada” e veem riscos à democracia com IA

atualizado

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Justin Sullivan/Getty Images
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1 de 1 Imagem colorida: Elon Musk acena - Metrópoles - Foto: Justin Sullivan/Getty Images

O bilionário Elon Musk, dono do Twitter e da Tesla, é um dos mais de mil signatários de uma carta aberta que pede a interrupção por seis meses das pesquisas desenvolvidas atualmente sobre novas ferramentas de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT.

Segundo o documento, publicado no site Future of Life, o mundo enfrenta a ameaça de uma “corrida descontrolada” por novas formas de inteligência artificial, o que poderia trazer “grandes riscos para a humanidade”.

Na carta, pesquisadores, especialistas e executivos do setor de tecnologia pedem um prazo para que sejam estabelecidas normas e diretrizes pelas autoridades reguladoras para orientar o mercado de IA. Segundo os autores do texto, sem qualquer tipo de regulação, o mundo pode sofrer “dramáticas perturbações econômicas e políticas, com riscos, especialmente, para a democracia”.

“Nos últimos meses, vimos como os laboratórios de IA se lançaram em uma corrida descontrolada para desenvolver e implantar cérebros digitais cada vez mais potentes que ninguém, nem mesmo seus criadores, podem entender, prever ou controlar de maneira confiável”, diz o texto.

“Devemos permitir que as máquinas inundem nossos canais de informação com propagandas e mentiras? Devemos automatizar todas as atividades de trabalho? Devemos nos arriscar a perder o controle de nossa civilização? Essas decisões não devem ser delegadas a líderes de tecnologia não eleitos”, diz a carta.

Além de Musk, assinam o documento nomes como o historiador Yuval Noah Hariri, o cofundador da Apple, Steve Wozniak, e uma série de engenheiros e executivos da Microsoft, empresa parceira da OpenAI, criadora do ChatGPT. Também endossam o texto acadêmicos como Stuart Russel, da Universidade de Montreal (Canadá), e Youshua Bengio, da Universidade de Berkeley (EUA).

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