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Gol recebe ajuda de controlador para refinanciar dívida; ação sobe 30%

Assim como a Azul, a Gol anunciou ontem (5/3) que receberá um financiamento da Abra, sua controladora, de US$ 1,4 bi (cerca de R$ 7,3 bi)

atualizado

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Gol/Divulgação
Avião da Gol
1 de 1 Avião da Gol - Foto: Gol/Divulgação

A Gol anunciou ontem (5/3) uma reestruturação de parte de sua dívida. Segundo o comunicado, a controladora da companhia aérea, a holding Abra (que também controla a operação internacional da Avianca) concederá um financiamento de US$ 1,4 bilhão, ou cerca de R$ 7,3 bilhões na atual cotação do dólar.

A nova dívida terá como prazo março de 2028 e não poderá ser executada antecipadamente. Os títulos a serem cobertos pelo novo financiamento são principalmente emissões feitas no exterior pela Gol durante a pandemia, quando a receita com viagens foi praticamente a zero.

A empresa buscou o mercado para obter liquidez e continuar operando, mas o endividamento explodiu. A relação de alavancagem e Ebitda (que mede o lucro antes de impostos e custos financeiros) está em nove vezes, um patamar considerado elevado e que acendia o alerta para a eventual necessidade de uma recuperação judicial.

Como garantia pela nova dívida, a Abra terá o programa de milhas Smiles. O acordo inclui desde a marca até a base de clientes da plataforma.

O anúncio do acordo impulsionou as ações da Gol na Bolsa de Valores. No início da tarde, os papeis negociados na B3 registravam alta de 30%.

Renegociação

A Azul anunciou, na noite de domingo (5/3), que firmou acordos com arrendadores, em relação a mais de 90% de suas dívidas de leasing de aviões. Em setembro de 2022, o valor desses débitos nos 12 meses seguintes era de cerca de R$ 3,8 bilhões.

Esses acordos representam parte de um plano da Azul cujo objetivo é fortalecer a geração de caixa da companhia. Segundo a empresa, eles devem melhorar a estrutura de capital, além de entregar aos arrendadores 100% dos valores previamente combinados.

Na esteira do anúncio, as ações da Azul sobem mais de 50%.

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