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Campos Neto confirma que fica na presidência do BC até fim do mandato

“Acho que devo isso a todos os que acreditaram no projeto da autonomia do BC”, disse Roberto Campos Neto. Mandato termina no fim de 2024

atualizado

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Edilson Rodrigues/Agência Senado
Imagem de Roberto Campos Neto, presidente do BC, falando ao microfone na mesa do Senado - Metrópoles
1 de 1 Imagem de Roberto Campos Neto, presidente do BC, falando ao microfone na mesa do Senado - Metrópoles - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a afirmar que cumprirá integralmente o seu mandato à frente da autoridade monetária brasileira, que termina no dia 31 de dezembro de 2024.

Em entrevista publicada pela revista Veja, Campos Neto descartou qualquer possibilidade de deixar o posto, apesar das críticas que já recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de integrantes do governo e do PT, principalmente antes da decisão de reduzir a taxa básica de juros.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, a Selic caiu de 13,75% para 13,25% ao ano. Campos Neto votou pela redução de 0,5 ponto percentual.

“Sim, fico no cargo”, disse Campos Neto. “Acho que devo isso a todos os que acreditaram no projeto da autonomia do BC. Esse não é um assunto meu. É uma pauta institucional”, completou.

Críticas de Lula

Na entrevista, o chefe do BC minimizou as pressões políticas que sofreu e voltou a defender a autonomia da instituição. “Faz parte do processo de autonomia do BC, que está sendo testada agora. Afinal, é a primeira vez que a gente tem a conjunção de independência do banco com mandatos não coincidentes entre o chefe do Executivo e a autoridade monetária”, disse.

Segundo Campos Neto, Lula tem direito de fazer as críticas que julgar necessárias porque foi eleito de forma democrática. “Mas não custa lembrar que detenho apenas um voto entre nove conselheiros do Copom”, afirmou.

Em fevereiro de 2021, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou o projeto que deu autonomia ao BC e, assim, limitou a influência do Executivo sobre as decisões relacionadas à política monetária.

Pela regra vigente desde então, os mandatos do chefe do BC e do titular do Palácio do Planalto não são mais coincidentes. O presidente do banco assumirá sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo. Assim, o chefe do Executivo federal só poderá efetuar uma troca no comando do BC a partir do terceiro ano de gestão. No caso de Lula, isso só acontecerá em 2025.

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