metropoles.com

Brasil tem 1,5 milhão de trabalhadores de aplicativos, diz IBGE

Segundo os dados do IBGE, esse contingente correspondia a 1,7% da população ocupada no setor privado. Só 35,7% contribuem para a Previdência

atualizado

Compartilhar notícia

William Cardoso/Metrópoles
Imagem mostra homem com caixa de entrega (bag) em São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra homem com caixa de entrega (bag) em São Paulo - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

Uma pesquisa inédita divulgada nesta quarta-feira (25/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o Brasil contava, no fim do ano passado, com cerca de 1,5 milhão de trabalhadores que atuavam por meio de aplicativos de serviço, entre motoristas, entregadores de comida e outros profissionais.

Segundo o levantamento do IBGE, esse contingente correspondia a 1,7% da população ocupada no setor privado (que era de 87,2 milhões).

Entre os trabalhadores de aplicativos de serviços, prevalecem motoristas, homens, pessoas de 25 a 39 anos e com ensino médio completo ou superior incompleto.

Transporte particular lidera

De acordo com o IBGE, quase metade dos trabalhadores de aplicativos (47,2%) atuavam no transporte particular de passageiros (com exceção do táxi). Em termos absolutos, essa parcela somava 704 mil motoristas.

Na sequência, vinham os trabalhadores de aplicativos de entrega de comida e outros produtos (39,5% ou 589 mil), de táxi (13,9% ou 207 mil) e serviços gerais ou profissionais (13,2% ou 197 mil).

Baixa contribuição para Previdência

O levantamento do IBGE mostrou, ainda, que apenas 35,7% dos trabalhadores de aplicativos de serviço contribuíram para a Previdência Social no ano passado. No setor privado, a média foi de 60,8%.

Em 2022, 532 mil dos 1,5 milhão de trabalhadores estavam assegurados por instituto de Previdência. A contribuição garante o direito à aposentadoria, além de seguro-doença e licença-maternidade.

Regulamentação do trabalho por aplicativo

Reportagem publicada nesta quarta pelo Metrópoles informa que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deve apresentar até a próxima semana um projeto de lei (PL) para regulamentar as relações entre empresas, motoristas e entregadores de aplicativos – caso do Uber e iFood, por exemplo. Ainda não são conhecidos os detalhes da proposta, mas ela já nasce com uma característica: a divergência.

Isso porque, depois de cinco meses de debates entre o governo e representantes do setor, as negociações sobre regras para esse segmento emperraram. Entre maio e o fim de setembro, um grupo de trabalho com quase 50 participantes se propôs a discutir temas como remuneração mínima, questões previdenciárias, saúde e segurança, transparência de algoritmos e jornada de trabalho.

As conversas, contudo, não foram além do primeiro item – o pagamento básico para os trabalhadores – e, ainda assim, não houve consenso sobre o assunto.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?