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Brasil cria 130 mil empregos formais, mas ritmo do avanço diminui

Em novembro, foram 1,8 milhão admissões, ante 1,7 milhão demissões. Área de serviços foi destaque. Indústria, construção e agro caíram

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Carteira de trabalho digital. Brasília(DF), 28/12/2023. Foto: I
1 de 1 Carteira de trabalho digital. Brasília(DF), 28/12/2023. Foto: I - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Brasil registrou, em novembro, um saldo positivo de 130.097 postos de trabalho criados com carteira assinada. O número é resultado de 1.866.752 admissões, contra 1.736.655 demissões no mês. Há um ano, em novembro de 2022, o saldo havia sido de 127.832 vagas. Os dados constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quinta-feira (28/12).

O resultado do Caged de novembro representa a terceira redução seguida do ritmo de crescimento, embora o indicador tenha se mantido positivo nesse período. Ainda assim, o último saldo divulgado foi inferior aos resultados obtidos em outubro (190,3 mil), setembro (211,7 mil) e agosto (220 mil). 

Em novembro, o maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de serviços, com um saldo de 92.620 postos, com destaque para a área definida como de “informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas”, que teve saldo positivo de 62.471 empregos. 

A segunda maior criação de empregos formais ocorreu no comércio, com 88.706 postos de trabalho. O destaque, neste caso, ficou com o varejo de artigos de vestuário e acessórios (+19.032), além de “mercadorias em geral” — com predominância de produtos alimentícios, o que inclui supermercados (+13.060) — e de varejistas de calçados (+10.251). 

Indústria e construção em queda

O impacto sazonal trouxe queda do emprego formal nos demais setores. Na indústria, o saldo foi de -12.911 postos de trabalho. Os maiores problemas ocorreram na fabricação de álcool (-4.270 postos), com impacto concentrado em Goiás (-4.270); fabricação de calçados (-3.429), com foco no Ceará (-1.752); e na fabricação de açúcar bruto (-3.064), na Bahia (-1.279) e em Goiás (-1.173).

A construção civil também teve queda, com saldo negativo de 17.300 postos formais de trabalho. O maior decréscimo ocorreu na construção de edifícios (-5.022), com 51% da redução em São Paulo (-2.576), e na construção de rodovias e ferrovias (-4.917), com 42% da diminuição concentrada em Minas Gerais (-2.062).

Redução na agropecuária

Na agropecuária também houve recuo, com saldo negativo de 21.017 postos formais de trabalho. As maiores reduções foram nos cultivos de cana-de-açúcar (-5.332), com um terço em São Paulo (-1.739), e soja (-1.999), com 61% no Mato Grosso (-1.224).

São Paulo foi maior destaque

Entre os estados, as unidades federativas com maior saldo em novembro foram São Paulo, com criação de 47.273 postos (+0,35%), em sua maioria no setor de serviços (+36.099); Rio de Janeiro, com 23.514 postos (+0,67%); e Rio Grande do Sul, com 11.799 postos (+0.43%). 

Os estados com pior performance foram Goiás, com -7.073 postos (-0,49%) e impacto na agropecuária (-5.229); Mato Grosso, com -4.178 postos (-0,47%), também como reflexo da agropecuária (-3.772); e Piauí, com -124 postos (-0,04%), com resultado vinculado à fabricação do álcool (-887).

Grupos populacionais

Em novembro, o saldo foi positivo para mulheres (+95.356) e para homens (+34.732). No que se refere à população com deficiência, foi identificado saldo de +1.344 postos de trabalho. Além disso, o número foi positivo para pardos (+78.122), brancos (+49.412), pretos (+23.472), amarelos (+15.762) e indígenas (+1.336). 

Acumulado do ano 

No acumulado de janeiro a novembro, foram gerados, no país, 1.914.467 postos de trabalho, ficando o resultado positivo nos cinco grandes grupamentos econômicos e nas 27 Unidades da Federação. 

Os estados com maior saldo no acumulado de 2023 foram São Paulo (+551.172, +4,2%), que se manteve no primeiro lugar, Minas Gerais (+187.866, +4,2%) e Rio de Janeiro (+165.701, +4,9%). As unidades que registraram o menor saldo no acumulado do ano foram Acre (+4.969, +5,4%), Roraima (+5.713, +7,9%) e Amapá (+6.319, +8,3%).

No ano, o maior crescimento do emprego formal também ocorreu no setor de serviços, com saldo de 1.067.218 postos formais de trabalho (59,8% do saldo). Destaque para as atividades de “informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas” (+415.567), e para as atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+314.528).

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