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Antonov “desmente desmentido” e confirma conversas com governo de SP

Empresa estatal ucraniana Antonov havia negado contato com governo Tarcísio sobre instalação de fábrica em SP, mas agora admite tratativas

atualizado

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Felipe Menezes/Aeroporto de Brasília
Antonov pousa no Aeroporto de Brasília
1 de 1 Antonov pousa no Aeroporto de Brasília - Foto: Felipe Menezes/Aeroporto de Brasília

A estatal ucraniana Antonov voltou atrás e admitiu ter tido conversa com o governo de São Paulo a respeito da possibilidade de instalação de uma fábrica de aviões no estado, como noticiou a CNN Brasil. As tratativas tinham sido negadas na quarta-feira (25/4) pela empresa, que afirmou não ter representantes no Brasil e nem pessoas autorizadas a falar em seu nome.

O desmentido público da Antonov foi feito depois de ter sido divulgado que, durante as conversas com o governo paulista, executivos ucranianos teriam dito que o projeto não avançaria em razão das declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito da Guerra da Ucrânia. Mesmo diante da negativa da empresa, o governo de São Paulo confirmou o encontro com representantes da estatal.

O recuo da Antonov

Na quinta-feira (27/4), a própria CNN Brasil conseguiu confirmar com a direção da Antonov, após intermediação da Embaixada da Ucrânia no Brasil, que foram feitas, de fato, “consultas preliminares” ao governo de São Paulo.

A estatal de aviação também confirmou à CNN que representantes de seus diretores foram recebidos no Palácio dos Bandeirantes. A emissora checou, ainda, a autenticidade de um áudio enviado por um executivo ucraniano a esses representantes, com instruções sobre como deveriam ser conduzidas as negociações com o governo paulista.

Crise com o Planalto

A polêmica em torno da Antonov criou um mal-estar entre o Planalto e o governo paulista, que estaria sendo acusado de produzir fake news contra a administração federal. Na quinta-feira (27/4), Lula e Tarcísio conversaram por telefone. Segundo fontes ligadas ao presidente, a conversa transcorreu de forma amigável e serviu para “apaziguar os ânimos”.

Quando foi divulgada a notícia sobre o entrave do negócio por parte da Antonov, em função das declaraçōes de Lula, o governo federal afirmou, por meio de nota, que a informação era falsa. O investimento da empresa, enfatizou a nota, corresponderia a um quarto do PIB da Ucrânia, estimado em US$ 200 bilhões pelo Banco Mundial.

 

 

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