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Americanas: ação volta a valer R$ 1 com possível aporte de acionistas

Por volta das 14h20, os papéis da Americanas avançavam 7,4%, após notícia sobre possível novo aporte dos acionistas de referência na empresa

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Fachada da loja Americanas em brasília - Metrópoles
1 de 1 Fachada da loja Americanas em brasília - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Após a notícia de que a Americanas poderia receber um novo aporte, de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões, do trio de acionistas de referência da empresa (os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles), as ações da varejista registram forte alta no pregão desta quinta-feira (2/3).

Por volta das 14h20, os papéis da Americanas avançavam 7,4%, cotados novamente a R$ 1. As ações da empresa estavam entre as maiores altas da sessão.

Na última reunião com os bancos credores, o trio havia oferecido R$ 6 bilhões, além de R$ 1 bilhão que já havia sido aportado na empresa no empréstimo-ponte aprovado no mês passado.

Como noticiado pelo Metrópoles, a oferta revoltou os bancos. Primeiro, porque os credores esperavam uma capitalização pelos acionistas em torno de R$ 15 bilhões. Além disso, os R$ 7 bilhões ofertados pelo trio são um valor substancialmente menor do que o do desconto exigido dos bancos para as dívidas que a empresa tem no segmento financeiro.

Como contrapartida ao aporte, os bancos concordariam em converter R$ 18 bilhões em dívidas da Americanas em ações da varejista e em dívida subordinada, um crédito que dificilmente é recuperado, em caso de falência da empresa. Com isso, a varejista reduziria quase pela metade sua dívida total, estimada em R$ 42 bilhões, e os bancos se tornariam acionistas de peso do negócio.

A oferta de até R$ 10 bilhões tem sido tratada como informal. Não há uma nova data para que credores e representantes de Lemann, Sicupira e Telles se reúnam novamente. Mas o aceno é uma tentativa de vencer a resistência da última conversa e fazer os acordos andarem, mesmo que a passos lentos.

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