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Amazon, Google, Microsoft e Facebook gastarão US$ 10 bi com demissões

Gigantes de tecnologia gastarão bilhões em demissões de 50 mil pessoas. Empresas buscam a redução de custos, diante do cenário de recessão

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As “big tecs” Amazon, Alphabet (dona do Google), Microsoft e Meta (dona do Facebook e Instagram) anunciaram recentemente um profundo corte de funcionários e de custos. As demissões devem alcançar 50 mil pessoas.

Os custos, entre rescisões e fechamento de escritórios, devem somar US$ 10 bilhões (R$ 50 bilhões), segundo o jornal inglês Financial Times.

Embora o custo seja alto no curto prazo, a estratégia das empresas de reduzir despesas foram bem recebidas pelos investidores. Nos últimos meses, as ações de empresas como a Meta mais do que dobraram de valor.

Analistas consideram o movimento atual um “arranjo da casa”. Durante a pandemia, as empresas de tecnologia fizeram investimentos pesados na contratação de pessoas e na expansão de estrutura. As razões para isso foram, principalmente, a demanda por serviços digitais no período de isolamento social e o quadro de juros zerados nas economias desenvolvidas, o que reduziu o custo de investimento das empresas de tecnologia.

Agora que a demanda por serviços digitais voltou para um patamar normal e os juros começaram a subir nos Estados Unidos e Europa, as empresas decidiram cortar na carne para chegar a uma estrutura de custos mais adequada.

Só na Amazon, serão 18 mil demitidos ao longo dos próximos meses. Na Alphabet, o número de cortes chega a 12 mil e na Meta, outros 11 mil funcionários foram desligados da empresa nos últimos meses.

Segundo a plataforma Layoffs.yi, que acompanha o corte de vagas no setor, desde o início do ano passado, as grandes empresas de tecnologia já demitiram mais de 200 mil pessoas.

Apple está ilesa

A Apple é a única entre os grandes negócios de tecnologia que não fez cortes expressivos de mão de obra. A resposta para isso, segundo analistas do setor, reside, notadamente, na parcimônia com que a companhia realizou contratações durante a pandemia, um período de forte crescimento para as empresas de tecnologia.

De setembro de 2019 a setembro de 2022, a força de trabalho na Apple cresceu cerca de 20%, atingindo cerca de 164 mil funcionários. Num período similar, o número de empregados da Amazon dobrou; na Microsoft, aumentou 53%; na Alphabet, 57%; e na Meta, 94%.

Especialistas observam ainda que, se comparada às concorrentes, a fabricante do iPhone tem uma operação mais enxuta em outros aspectos, limitando, por exemplo, privilégios dos altos executivos. Ela nem sequer oferece almoço grátis para seus funcionários no campus corporativo, ao contrário do que fazem o Google e a Meta.

Outro fator importante é que a Apple, ao contrário das outras “big tecs”, vende produtos (em especial hardwares).

No trimestre encerrado setembro, a Apple informou que as vendas de iPhones, seu filão mais importante de mercado, haviam avançado 9,7% em relação ao ano anterior, superando estimativas de analistas. As outras gigantes da tecnologia, em contrapartida, foram atingidas pelo encolhimento brusco dos negócios de publicidade digital, comércio eletrônico, serviços em nuvem e PCs.

Algumas empresas de tecnologia também gastaram os tubos em projetos que não serão convertidos em dinheiro tão cedo. Esse é o caso da Meta, que tem investido bilhões de dólares em seus Reality Labs para desenvolver o metaverso, na crença de que a realidade virtual vai se tornar uma plataforma tecnológica decisiva num futuro próximo.

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