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Meta, dona do Facebook, demite 11 mil funcionários

Queda de receita publicitária atinge outros gigantes de tecnologia, como o Twitter, que dispensou metade de seus colaboradores

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Facebook CEO Mark Zuckerberg
1 de 1 Facebook CEO Mark Zuckerberg - Foto: iStock

A Meta, controladora do Facebook e do Instagram, iniciou nesta quarta-feira (9/11) um processo de demissões em massa. De acordo com a companhia, mais de 11 mil funcionários foram desligados, o que corresponde a 13% da força de trabalho da empresa comandada por Mark Zuckerberg.

As demissões atingiram diversos setores, segundo informações do The New York Times. Algumas áreas foram mais afetadas, como a de recrutamento.

“Assumo responsabilidade por essas decisões e por como chegamos até aqui”, anunciou Zuckerberg em uma carta aos funcionários e colaboradores da Meta. “Sei o quanto isso é difícil para todos e lamento profundamente por aqueles que estão sendo impactados.”

Na terça-feira (8/11), o dono da Meta esteve reunido com executivos da empresa para discutir as demissões, de acordo com o Wall Street Journal. Na reunião, Zuckerberg teria assumido a responsabilidade pelos cortes e afirmado que a empresa cresceu muito rapidamente.

Em seu último relatório, a Meta havia informado que contava com 87 mil funcionários em todo o mundo. Nos últimos dois anos, mais 27 mil profissionais foram contratados, em meio ao crescimento das redes sociais durante a pandemia de Covid-19.

Twitter e outros gigantes em crise

Em 2022, a Meta vem enfrentando dificuldades financeiras, em meio à desaceleração global e à queda acentuada na publicidade digital, sua principal fonte de receita. Em outubro, a empresa registrou queda de 50% em seu lucro trimestral. As ações da controladora do Facebook caíram mais de 72% neste ano.

Outro gigante, o Twitter, comprado por Elon Musk, também passa por apuros. Na semana passada, a empresa demitiu cerca de metade de seus 7,5 mil funcionários – o escritório no Brasil foi afetado. Segundo estimativas do próprio Musk, a companhia vinha perdendo US$ 4 milhões por dia.

Três dias após as demissões, o Twitter entrou em contato com dezenas de funcionários que haviam sido desligados pedindo para que voltassem aos seus cargos. Eles teriam sido dispensados por engano, de acordo com a Bloomberg.

Musk se desfez, na terça-feira, de quase US$ 4 bilhões em ações da Tesla – fabricantes de veículos elétricos da qual o empresário também é dono. Com isso, a venda das ações de Musk já se aproxima de US$ 20 bilhões desde que ele comprou o Twitter. Neste ano, os papéis da Tesla caíram 52%. Desde o anúncio da compra do Twitter por Musk, o recuo foi de 42%.

TikTok também balança

Outro gigante da tecnologia, o TikTok, reduziu suas metas de receita para 2022 em US$ 2 bilhões. A redução foi anunciada no fim de setembro pelo executivo-chefe da empresa, Shou Zi Chew, informa o Financial Times.

Inicialmente, as receitas projetadas pelo TikTok para este ano eram de US$ 12 bilhões a US$ 14,5 bilhões, mas a estimativa agora está próxima dos US$ 10 bilhões.

O comando da empresa tem pressionado os funcionários a entregar melhores resultados tanto em publicidade quanto no comércio eletrônico, principais fontes de receitas do TikTok. Também vem sendo estudada uma readequação salarial em vários departamentos.

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