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Amazon confirma demissão de mais de 18 mil funcionários

É o maior corte da história da Amazon e também o mais severo entre os recentes anúncios de demissões em massa no setor de tecnologia

atualizado

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Divulgação/Amazon
Imagem colorida da sede da Amazon
1 de 1 Imagem colorida da sede da Amazon - Foto: Divulgação/Amazon

A Amazon confirmou que demitirá mais de 18 mil funcionários, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, em meio à crise das big techs e a um cenário de incertezas na economia para 2023. O anúncio das demissões foi feito na quarta-feira (4/1).

Trata-se do maior corte entre os recentes anúncios de demissões em massa no setor de tecnologia – e também o mais severo da história da companhia, sediada em Seattle (EUA).

Segundo uma nota divulgada pela Amazon, a empresa está “profundamente ciente de que esses cortes de empregos são difíceis para as pessoas e não tomamos essas decisões levianamente”.

“Estamos trabalhando para apoiar os afetados e oferecer pacotes que incluem indenização, seguro médico temporário e ajuda externa para encontrar trabalho”, afirmou o executivo-chefe do grupo, Andy Jessy, em comunicado aos funcionários.

De acordo com a companhia, os funcionários e colaboradores atingidos pelos cortes serão informados a partir do dia 18. Em novembro, a empresa havia anunciado um plano de demissões que afetaria cerca de 10 mil trabalhadores, mas o número foi revisto. “A Amazon enfrentou economias incertas e difíceis no passado e continuaremos a fazê-lo”, disse Jassy.

No fim de setembro do ano passado, a companhia contava com 1,54 milhão de funcionários em todo o mundo. Durante o auge da pandemia de Covid-19, quando as big techs viveram um “boom”, a Amazon fez uma série de contratações para atender à demanda crescente – a força de trabalho dobrou de tamanho entre 2020 e 2022. No entanto, o lucro da empresa despencou 9% no terceiro trimestre do ano passado.

A derrocada das big techs

Algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, as chamadas big techs, não sentirão saudade do ano que está se encerrando. Em 2022, gigantes como GoogleFacebook, Apple, Amazon e Netflix – que compõem o grupo conhecido como FAANG – perderam, somadas, US$ 7,5 trilhões (quase R$ 40 trilhões) em valor de mercado.

Na B3, a Bolsa de Valores brasileira, o cenário é semelhante. As ações da Amazon desabaram de R$ 48,21 (em 28 de dezembro de 2021) para R$ 21,54 em um intervalo de um ano, o que corresponde a um recuo de cerca de 55,3%.

Segundo economistas ouvidos pela reportagem do Metrópoles, uma combinação de fatores ajuda a explicar o tombo das ações das big techs, entre 2021 e 2022. Entre eles, está o movimento global de aumento das taxas de juros da economia.

A alta do custo do crédito torna mais atraentes investimentos em bônus do Tesouro dos Estados Unidos. Com isso, boa parte do fluxo de capitais é redirecionado para esses ativos, considerados mais seguros. A consequência desse movimento é o esfriamento da economia e a diminuição do lucro das empresas. O lucro menor implica a desvalorização das suas ações.

O tamanho da crise

Em 2022, as big techs tiveram de fazer demissões em massa e cortar departamentos, mergulhando em uma crise jamais enfrentada.

Em novembro, a Meta demitiu mais de 11 mil funcionários, o que correspondia a 13% da força de trabalho da companhia comandada por Mark Zuckerberg. Em outubro, a companhia registrou queda de 50% em seu lucro trimestral. As ações da controladora do Facebook caíram mais de 72% neste ano.

A Alphabet, dona do Google, fechou o terceiro trimestre de 2022 com um lucro líquido de US$ 13,9 bilhões. Parece bom, mas o resultado representa uma perda de receita de 26,5%, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

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