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Ações da Evergrande despencam em Hong Kong após 17 meses de suspensão

As incertezas em relação à companhia aumentaram com o atraso das principais votações do plano de recuperação da Evergrande

atualizado

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Reprodução/SOPA images via Getty Images
HONG KONG, CHINA - 2021/09/20: China Evergrande Centre sign seen on the front of their building. Fears of China property group Evergrande defaulting on debt have investors worried about the potential impact on the wider global economy. These concerns dragged Hong Kong stocks towards to a one-year low. (Photo by Katherine Cheng/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)
1 de 1 HONG KONG, CHINA - 2021/09/20: China Evergrande Centre sign seen on the front of their building. Fears of China property group Evergrande defaulting on debt have investors worried about the potential impact on the wider global economy. These concerns dragged Hong Kong stocks towards to a one-year low. (Photo by Katherine Cheng/SOPA Images/LightRocket via Getty Images) - Foto: Reprodução/SOPA images via Getty Images

As ações da gigante chinesa Evergrande, uma das maiores empresas da China no setor imobiliário, despencaram 87% nas negociações da bolsa de valores de Hong Kong, nesta segunda-feira (28/8). Os papéis voltaram ao pregão depois de uma suspensão de 17 meses.

As incertezas em relação à companhia aumentaram com o atraso das principais votações do plano de recuperação da Evergrande. A incorporadora enfrenta sérias dificuldades e está no epicentro de uma crise que atinge o setor imobiliário do país asiático.

Segundo a Evergrande, o adiamento se deve à intenção da empresa de permitir que os credores avaliem “acontecimentos recentes”, como a retomada da negociação dos papéis e os termos das propostas de recuperação.

A Evergrande anunciou seu plano de reestruturação em março deste ano. Em abril, a companhia informou que o apoio de um grupo importante de investidores, no entanto, ainda era “insuficiente”.

A empresa reportou um prejuízo aos acionistas de 33 bilhões de yuans (cerca de US$ 4,5 bilhões) no primeiro semestre deste ano. O resultado negativo foi menor do que o prejuízo registrado no mesmo período de 2022, de 66,35 bilhões de yuans (US$ 9,1 bilhões).

O “dragão” desacelera

As dificuldades da Evergrande reforçam uma onda de preocupações em relação ao mercado imobiliário e à economia da China.

Reportagem publicada pelo Metrópoles mostrou que os dados mais fracos da segunda maior economia do mundo acenderam um alerta no planeta.

Quando a China anunciou o fim gradual de sua política de Covid zero, que fez o país ter quarentenas severas por três anos, a expectativa era que a economia decolaria rapidamente. O governo definiu uma meta de crescimento de 5% para 2023 e o objetivo chegou a ser visto como bastante moderado para os chineses.

Ainda que frentes como o setor de serviços tenham, de fato, se reerguido no começo do ano, a projeção é que a meta poderá não ser atingida.

As vendas do varejo na China avançaram 2,5% em julho, na comparação com o mês anterior, enquanto a produção industrial cresceu 3,7%. Ambos os resultados vieram abaixo das expectativas do mercado.

Os novos e velhos problemas

Uma outra reportagem do Metrópoles mostrou que, mesmo antes do caso da Evergrande, o mercado imobiliário já levantava dúvidas fora da China, porque o governo Xi Jinping vinha fazendo um cerco ao setor nos últimos anos, na tentativa de conter a escalada dos preços nas grandes cidades.

Além disso, as próprias dinâmicas da economia indicavam que o auge do setor havia chegado ao fim. Após os picos dos anos 2010, estima-se que os preços dos imóveis caíram mais de 20% e as construtoras, altamente alavancadas nos anos de bonança, passaram a ter dificuldade em honrar seus compromissos e entregar as obras.

No limite, parte dos consumidores, sem ver as casas entregues, ameaçou parar de pagar seus financiamentos. Fundos e bancos nacionais e internacionais também fecharam as torneiras para muitas empresas desde então.

A leitura é que a situação deve desacelerar ainda mais a economia chinesa. As principais casas do mercado, como UBS, J.P. Morgan e Morgan Stanley, revisaram as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 4,7% ou 4,8%. Ou seja, abaixo da meta do governo chinês para o ano.

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