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Zoe: onda de calor na Espanha é a primeira a ser nomeada no mundo

Nos últimos dias, os termômetros chegaram aos 45ºC no país, com mais de 500 mortes registradas

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Eric Renom/NurPhoto via Getty Images
Chamas fortes são vistas em florestas na Península Ibérica
1 de 1 Chamas fortes são vistas em florestas na Península Ibérica - Foto: Eric Renom/NurPhoto via Getty Images

A onda de calor que tem impactado a rotina de moradores da Europa ganhou uma classificação. Na Espanha, o fenômeno foi nomeado de “Zoe” pela plataforma promeTEO Sevilla, um programa piloto de classificação.

Nos últimos dias, os termômetros chegaram aos 45ºC no país, com mais de 500 mortes registradas. A classificação Zoe é a mais alta do sistema de categorização do promeTEO. É a primeira vez que uma onda de calor recebe nomenclatura.

No comunicado sobre a denominação, a plataforma alertou a população espanhola, “especialmente a mais vulnerável, da importância de seguir recomendações sanitárias para prevenir uma insolação e permanecer atentos aos sintomas que provocam este tipo de transtorno”.

Segundo a plataforma, a denominação do nome para fenômenos com alto grau de impacto na saúde pode ajudar a população a tomar medidas efetivas para se proteger das altas temperaturas.

Por isso, as ondas de calor extremo receberão um nome próprio, começando pela última letra do alfabeto espanhol. Além da Zoe, há outras nomenclaturas que serão usadas: Yago, Xenia, Wenceslao e Vega.

“Trata-se de uma chamada de atenção para alertar sobre este fenômeno meteorológico, como se faz há tempos com os furacões, tornados e nevascas intensas”, informou a página.

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Emergência climática

Fenômenos extremos como a onda de calor que está castigando a Europa serão cada vez mais comuns, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas. Em coletiva no dia 19/7, o secretário-geral da agência, Petteri Taalas, reforçou que essa é a nova realidade global em um cenário marcado por mudanças climáticas.

“Bombeamos tanto dióxido de carbono na atmosfera que a tendência negativa continuará por décadas. Não conseguimos reduzir nossas emissões globalmente”, disse Taalas. “Espero que este seja um alerta para os governos e que tenha impacto nos comportamentos de voto nos países democráticos”.

Países como Portugal, Espanha, Inglaterra e França estão enfrentando uma onda de calor extremo que já causou mais de mil mortes. O fenômeno provocou uma série de incêndios florestais nesses países.

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