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Espanha ultrapassa 500 mortes por onda de calor

País é um dos mais afetados pelas altas temperaturas que atingem o continente. Premiê espanhol reforçou o alerta diante das estimativas

atualizado

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Eric Renom/NurPhoto via Getty Images
Chamas fortes são vistas em florestas na Península Ibérica
1 de 1 Chamas fortes são vistas em florestas na Península Ibérica - Foto: Eric Renom/NurPhoto via Getty Images

A Espanha estima que mais de 500 pessoas tenham morrido em decorrência da onda de calor extremo que castiga a Europa, informou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, nesta quarta-feira (20/7). O país da península ibérica foi um dos mais afetados pelo aumento extremo de temperaturas, que resultou em incêndios florestais e mais de mil mortes no continente.

O premiê reforçou o alerta para os riscos à saúde ocasionados pelos termômetros nas alturas. 

“Quero reiterar uma mensagem de prudência à população de que essas ondas de calor não somente provocam incêndios, mas mataram mais de 500 pessoas em nosso país”, disse, em referência a uma estimativa de mortalidade realizada pelo instituto de saúde pública Carlos III.

Ele ainda defendeu que os eventos climáticos extremos são um lembrete sobre a importância do combate ao aquecimento global.

“Peço aos cidadãos que tomem precauções extremas”, pediu o chefe de governo, após reiterar que “a emergência climática é uma realidade” e que “as alterações climáticas matam”.

A onda de calor é a maior desde o início da série histórica da agência estatal de meteorologia espanhola (AEMET), em 1975.

Em Portugal, onde as temperaturas chegaram a 47°C na quinta-feira da semana passada (14/7), várias aldeias tiveram que ser evacuadas. Um homem e uma mulher morreram dentro do carro, tentando fugir das chamas. Nos dois países ibéricos, mais de 1 mil mortes foram registradas.

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Emergência climática

Fenômenos extremos como a onda de calor que está castigando a Europa serão cada vez mais comuns, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas. Em coletiva nessa terça-feira (19/7), o secretário-geral da agência, Petteri Taalas, reforçou que essa é a nova realidade global em um cenário marcado por mudanças climáticas. 

“Bombeamos tanto dióxido de carbono na atmosfera que a tendência negativa continuará por décadas. Não conseguimos reduzir nossas emissões globalmente”, disse Taalas. “Espero que este seja um alerta para os governos e que tenha impacto nos comportamentos de voto nos países democráticos”.

Países como Portugal, Espanha, Inglaterra e França estão enfrentando uma onda de calor extremo que já causou mais de mil mortes. O fenômeno provocou uma série de incêndios florestais nesses países.

Os perigos da onda de calor avançam, ainda, para além dos impactos na saúde, com consequências extremas para os sistemas de transporte, por exemplo. O calor extremo fez com que viagens de trem e de avião fossem canceladas. A pista do aeroporto de Luton, em Londres, se dobrou por causa das altas temperaturas, assim como trilhos por todo o país.

O que os europeus estão chamando de “apocalipse de calor” segue rumo ao norte do continente. Os meteorologistas acreditam que as altas temperaturas vão chegar à Bélgica e à Alemanha. Termômetros dos dois países podem atingir 40°C nos próximos dias.

Enquanto isso, mais ao sul, os incêndios florestais continuam a fazer vítimas e a tirar pessoas de suas casas. Na Espanha, duas pessoas morreram por causa do fogo. Pelo menos 20 focos estão queimando sem controle, segundo a BBC.

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