1 de 1 O presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, faz um gesto de força durante pronunciamento virtual. A bandeira da Ucrânia aparece atrás - Metrópoles
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A guerra no Leste Europeu começou em 24 de fevereiro e parece estar longe do fim. Neste cenário, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convocou os cidadãos do mundo a protestarem contra a investida militar russa.
O chamamento ocorre menos de 24 horas do conflito completar um mês. “Venham com símbolos ucranianos apoiar a Ucrânia, apoiar a liberdade, apoiar a vida”, frisa Zelensky, em pronunciamento gravado.
Veja:
No vídeo, divulgado na noite desta quarta-feira (23/3), Zelensky estimula os cidadãos a “se oporem à guerra a partir de 24 de março” e se manifestarem contra o conflito. “Vão para suas praças, para suas ruas, tornem-se visíveis e ouçam”, acrescentou.
Antes, Zelensky já havia feito discursos nos parlamentos japonês e francês. Antes, ele foi convidado a falar nos parlamentos dos Estados Unidos, da Itália, do Reino Unido, da Polônia, do Canadá, da União Europeia e no da Suíça.
Guerra completa 1 mês
Às vésperas de completar um mês, a guerra segue a escalada de tensão. Rússia e Ucrânia ainda não chegaram a um acordo para o cessar-fogo.
Desde a invasão russa, tropas bombardearam áreas estratégicas e desencadearam crise político-diplomática e humanitária. O ataque aumentou a instabilidade econômica e geopolítica mundial.
Nesta quinta-feira (24/3), líderes mundiais discutem como deter a investida militar do presidente russo, Vladimir Putin, sem aumentar ainda mais a tensão no globo.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Horas antes da data marcante, a tensão das potências era notável. A Rússia sofreu mais ameaças, sanções, críticas, mas não recuou. Pelo contrário: revidou.
O governo norte-americano acusou formalmente a Rússia, nesta quarta, de cometer crimes de guerra na Ucrânia.
Nas últimas semanas, o país já havia feito esse tipo de avaliação sobre a atuação das tropas de Vladimir Putin, mas as autoridades dos Estados Unidos não tinham sido categóricas.
Ameaças e sanções
Em mais uma tentativa de frear a guerra, os Estados Unidos anunciaram a doação de mais armas no valor de US$ 800 milhões para a Ucrânia. O líder do país, Joe Biden, está em Bruxelas onde participa de uma série de reuniões.
A Polônia decidiu expulsar de seu território diplomatas suspeitos de serem agentes do Serviço de Inteligência da Rússia.
A Rússia determinou a expulsão de vários diplomatas americanos, em represália a um movimento dos Estados Unidos de retirar funcionários russos da missão permanente da Organização das Nações Unidas (ONU).
Reação russa
A agência reguladora das comunicações na Rússia, Roskomnadzor, bloqueou a plataforma de notícias Google News, informou a agência Interfax.
Segundo, agência de notícias, a Roskomnadzor acusa a plataforma de permitir acesso ao que chama de “material falso sobre a operação militar do país na Ucrânia”.
Além disso, Putin determinou que o país venda gás para “países hostis” em rublos, depois de um congelamento de ativos realizado por nações estrangeiras que destruiu a confiança de Moscou.