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Turquia começará a validar filiação da Finlândia à Otan, diz Erdogan

Declaração do presidente turco aconteceu após reunião com o chefe de estado da Finlândia em Ancara, capital da Turquia

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Nesta sexta-feira (17/3), o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que o parlamento turco vai começar a validar a candidatura da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Erdogan fez o anúncio após uma reunião com o presidente finlandês, Sauli Niinisto, em Ancara, capital da Turquia. Segundo o líder turco, a Finlândia cumpriu suas promessas de um tratado, firmado na cúpula de Otan em Madri, que determinava condições para a entrada do país na aliança militar.

“Vimos que a Finlândia deu passos sinceros e concretos para cumprir seus compromissos no memorando tripartido”, afirmou Erdogan durante coletiva de imprensa.

Situação da Suécia segue em aberto

Apesar de Finlândia e Suécia terem formalizado os pedidos de adesão à Otan juntos, a entrada dos suecos bloco militar sofre com impasses diplomáticos, tendo em vista que o ingressos de novos membros depende da aprovação de todos os 30 membros da aliança.

Durante a cúpula de Madrid, em junho de 2022, Turquia, Finlândia e Suécia assinaram um acordo condicionando o apoio turco ao ingressos das duas nações na aliança ao combate de grupos considerados terroristas pelo governo de Erdogan.

Contudo, o governo turco acusa a Suécia de não cumprir os compromissos firmados no tratado, e dificulta a entrada do país na aliança.

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Divulgação/Otan
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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“Continuaremos nossas conversas com a Suécia com base nos princípios da aliança e nossa abordagem na luta contra o terrorismo. Sou da opinião que os princípios e a boa vontade de nosso país em avançar no processo agora são vistos com mais clareza. Neste ponto, a forma como o processo irá prosseguir estará diretamente relacionada com os passos concretos que a Suécia irá tomar”, afirmou Erdogan.

A Otan, que demostrou diversas vezes o desejo de que Finlândia e Suécia ingressassem na aliança de forma conjunta, mudou o tom após o anúncio do presidente turco e disse que o mais importante é que os dois países passem a fazer parte do grupo o mais rápido possível.

“O mais importante é que tanto a Finlândia quanto a Suécia se tornem membros de pleno direito da Otan rapidamente, mesmo que eles não se juntem exatamente ao mesmo tempo”, afirmou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

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