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Ucrânia será membro da Otan, mas a “longo prazo”, diz secretário-geral

Jens Stoltenberg afirmou que países membros da Otan aprovam adesão da Ucrânia. Decisão foi um dos motivos para a invasão da Rússia

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Secretário do OTAN, General Jans Stoltenberg dá entrevista em coletiva de imprensa. Ele usa terno e óculos, fala diante de um pulpito e fundo azul - Metrópoles
1 de 1 Secretário do OTAN, General Jans Stoltenberg dá entrevista em coletiva de imprensa. Ele usa terno e óculos, fala diante de um pulpito e fundo azul - Metrópoles - Foto: Halil Sagirkaya/Anadolu Agency via Getty Images

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou nesta terça-feira (28/3) que a entrada da Ucrânia na aliança militar está garantida, mas “a longo prazo”.

A adesão ucraniana ao grupo foi um dos motivos usados pela Rússia para justificar a invasão ao país vizinho, há pouco mais de um ano.

“Os países da Otan concordam que a Ucrânia deve se tornar um membro da aliança mas, ao mesmo tempo, é uma perspectiva de longo prazo”, declarou Stoltenberg durante visita à Finlândia, outro candidato à adesão.

A entrada da Ucrânia no grupo militar é considerada uma “ameaça” pelo presidente russo, Vladmir Putin. A aproximação de Kiev à aliança liderada pelos Estados Unidos expõe quase 2.300 km de fronteira russa, o que significaria, para o Kremlin, uma ameaça à própria existência.

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Segundo Stoltenberg, a prioridade no momento é “garantir que a Ucrânia continue sendo uma nação independente e soberana” e, para tanto, precisa de apoio das nações ocidentais que compõem o bloco.

“A guerra do presidente Putin na Ucrânia continua, e não há sinal de que ele vá mudar seus planos. Quer controlar a Ucrânia e não está se preparando para a paz, mas para mais guerra”, prosseguiu.

O secretário-geral frisou ainda a importância de garantir uma proteção duradoura às fronteiras ucranianas, para impedir que as forças russas voltem a ultrapassar os limites do país vizinho.

Aproximação ocidental

Os países do Norte Europeu, que geralmente são neutros, tomaram a iniciativa de aderir ao grupo após a Rússia invadir a Ucrânia. O movimento militar de Putin no leste europeu acendeu a preocupação dos países nórdicos, que temem uma possível ofensiva russa nos próprios territórios.

Contudo, a decisão pode ser barrada pela Turquia e Hungria, membros da Otan que preferem manter boas relações com Vladmir Putin.

Durante a visita à Finlândia nesta terça (28/2), Stoltenberg defendeu que “chegou a hora” de Turquia e Hungria ratificarem a entrada de Finlândia e Suécia no grupo militar.

“Tanto a Finlândia quanto a Suécia cumpriram o que haviam prometido em seu acordo trilateral com a Turquia em junho passado em Madri”, insistiu o secretário-geral da Otan.

União Europeia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também cobrou uma resposta sobre o pedido de adesão ucraniano à União Europeia, feito há um ano. “Este ano é o momento de decidir sobre as negociações de adesão”, escreveu Zelensky, no Telegram.

“É com a Ucrânia que se concretizará o majestoso projeto de uma Europa pacífica, livre e unida. Estamos juntos na luta e, portanto, estaremos juntos na vitória. Viva a Europa. Viva a liberdade ”, emendou.

Veja:

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