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“Russos consideram como meta principal conquistar Kiev”, diz Zelensky

Com risco extremo, o prefeito de Kiev, Wladimir Klitschko, decretou um toque de recolher de 35 horas na cidade

atualizado

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Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images
presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, realiza uma conferência de imprensa em Kiev, Ucrânia
1 de 1 presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, realiza uma conferência de imprensa em Kiev, Ucrânia - Foto: Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lamentou a situação de Kiev, capital ucraniana e coração do poder. A cidade vive o segundo dia de bombardeios massivos. Civis estão na mira dos ataques.

Nesta terça-feira (15/3), em pronunciamento gravado, Zelensky fez um alerta categórico. “Russos consideram como meta principal conquistar Kiev”, frisou.

Com risco extremo, o prefeito de Kiev, Wladimir Klitschko, decretou um toque de recolher de 35 horas na cidade coração do poder. A medida vai valer a partir da noite desta terça-feira até a quinta-feira (15/3). Ao menos cinco pessoas morreram nesta manhã na cidade.

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Os primeiros-ministros da Polônia, Mateusz Morawiecki; da República Tcheca, Petr Fiala; e da Eslovênia, Janez Janša; viajaram para Kiev nesta terça-feira.

A visita é uma sinalização de apoio à Ucrânia por parte da União Europeia. Eles são os primeiros líderes que visitam a capital ucraniana desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro.

No segundo dia consecutivo com ataques a prédios residenciais em Kiev, mais duas pessoas morreram após bombardeio russo, nesta terça-feira. De acordo com o serviço de emergência da Ucrânia, 46 pessoas tiveram de ser resgatadas.

Militares na fronteira

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) confirmou que 40 mil soldados estão na fronteira da Ucrânia. Essa é a primeira vez que a entidade militar liderada pelos Estados Unidos divulga o efetivo no Leste Europeu.

Nesta segunda-feira (15/3), em entrevista transmitida ao vivo de Bruxelas, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, fez alertas importantes sobre o recrudescimento da guerra, que completa 20 dias.

A maior preocupação é o uso de armas químicas e nucleares pelo Exército russo. Além da Otan, os Estados Unidos e o Reino Unido acusam a Rússia de planejar esse tipo de ataque.

Stoltenberg reafirmou o compromisso de defender os países aliados e as nações amigas do grupo. “Nossa principal responsabilidade é defender nossos aliados da Otan. A Rússia sabe disso. Os aliados estão de olho”, frisou.

Ele completou. “Nos preocupa que de fato estejam planejando isso [uso de armas químicas e nucleares]. Qualquer uso de aramas químicas será violação do direito internacional”, concluiu.

Negociações

Sob fortes bombardeios, representantes dos presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, voltam a debater condições para a paz entre os países, mesmo que momentaneamente.

A negociação de um cessar-fogo será retomada após o encontro de segunda-feira (14/3) acabar com uma “pausa técnica”. Um formalismo que significa falta de concordância político-diplomática.

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