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“Retirada de civis fracassou novamente”, afirma governo ucraniano

O vice-primeiro-ministro da Ucrânia chamou a situação humanitária em Mariupol de “catastrófica”

atualizado

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Ucranianos refugiados começam a chegar na cidade de Medyka, na Polônia. São vistas principalmente crianças e jovens - Metrópoles
1 de 1 Ucranianos refugiados começam a chegar na cidade de Medyka, na Polônia. São vistas principalmente crianças e jovens - Metrópoles - Foto: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

O governo ucraniano continua a denunciar supostos casos de desrespeito aos direitos humanos e crimes de guerra da Rússia. Até mesmo os corredores de fuga não estão sendo respeitados, relatam as autoridades ucranianas.

Na tarde desta terça-feira (8/3), pelo horário de Brasília, a Ucrânia admitiu que a retirada de civis da cidade de Mariupol fracassou novamente. A Rússia havia concordado manter uma zona de fuga na região.

O vice-primeiro-ministro da Ucrânia afirmou que a situação humanitária em Mariupol é “catastrófica”. Ainda de acordo com o governo, pelo menos cinco mil civis conseguiram ser retirados da região de Sumy, onde outro corredor havia sido montado.

O ministro da Saúde ucraniano, Viktor Lyashko, afirmou que ao menos 60 hospitais foram destruídos durantes os bombardeios.

“Terroristas do país agressor colocaram 61 hospitais fora de ação”, disse ele na televisão ucraniana. Na segunda-feira (7/3), o balanço era de 34 hospitais danificados.

Segundo o ministro, autoridades ucranianas estão com dificuldades de socorrer feridos, por não conseguirem entregar suprimentos médicos essenciais às comunidades da linha de frente, devido à falta de corredores humanitários.

Novos bombardeios

Após um breve cessar-fogo, o Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia acusou o Exército russo de bombardear corredores verdes, que são rotas humanitárias de fuga, em Mariupol.

Pouco depois do meio-dia desta terça-feira (8/3), pelo horário de Brasília, o governo ucraniano informou que bombas foram jogadas na rota dos ônibus que transportavam refugiados, comida e remédios. Não se sabe se os veículos foram atingidos.

Segundo informações de agências internacionais de notícias, os veículos levariam moradores da cidade para locais seguros.

Antes da denúncia, o governo ucraniano confirmou que civis estão saindo de duas cidades. Eles usam os corredores verdes — rotas humanitárias nas quais a Rússia concordou em interromper os bombardeios.

Nesta terça-feira, em pronunciamento gravado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zenlensky, reafirmou que está em Kiev, capital e coração do poder, e passou uma mensagem de esperança.

A saída de civis pelos corredores humanitários começou pelas cidades de Sumy e Irpin. As primeiras fugas ocorreram por volta das 4h30, pelo horário de Brasília.

“Mais de 150 pessoas foram retiradas, e as evacuações continuam acontecendo”, disse Oleksiy Kuleba, governador de Kiev.

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Segundo o Ministério de Defesa da Rússia, nesta terça-feira foram abertos corredores humanitários para que os moradores de Kiev, Kharkiv, Mariupol, Chernigov e Sumy pudessem sair com segurança das cidades.

Zelensky gravou o pronunciamento nas ruas de Kiev, em frente a barricadas. “A primavera é parecida com a guerra. A primavera é dura, mas vai ficar tudo bem. Vamos vencer”, frisou.

Onda de refugiados

O bombardeio russo começou em 24 de fevereiro. O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) informou que o número de refugiados da Ucrânia chegou a 2 milhões.

Filippo Grandi, líder do Acnur, visitou países que têm recebido ucranianos, como a Polônia, a Romênia e a Moldávia.

“Em outras regiões do mundo, sim, observamos este cenário, mas na Europa é a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial”, afirmou.

Neste 13º dia da invasão russa, as Forças Armadas ucranianas declararam, mais cedo, que o inimigo “continua em uma operação ofensiva, mas o ritmo de avanço de suas tropas diminuiu significativamente”.

O aparente recuo russo ocorre no momento em que as potências ocidentais intensificam as sanções econômicas sobre o país de Vladimir Putin e discutem seriamente um boicote ao petróleo russo, numa jogada que envolve a compra do produto na Venezuela pelos Estados Unidos.

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