Segundo informações de ex-funcionários e de atuais membros de agências de inteligência dos EUA, Putin estaria cada vez mais nervoso com o andar da invasão.
A situação, de acordo com o veículo, levou Putin a ter explosões de raiva incomuns, principalmente para um ex-oficial da KGB, o serviço-secreto da extinta União Soviética. Segundo fontes da NBC News, os alvos dos ataques de fúria do russo seriam seus subordinados.
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Vladimir Vladimirovitch Putin é o atual presidente da Rússia. No poder há 20 anos, desde a renúncia de Boris Yeltsin, Putin é conhecido por apoiar ditadores e declarar oposição ferrenha aos Estados Unidos
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Pertencente a uma família de operários, Vladimir cresceu em uma periferia russa, em São Petersburgo, e sonhava ser espião
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Formou-se em direito e, em seguida, entrou para o serviço secreto russo, a KGB, em 1975
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Tempos depois, iniciou vida política como vice-prefeito de São Petersburgo. Em 1999, tornou-se primeiro-ministro e, no ano seguinte, após a renúncia do então presidente, Boris Yeltsin, foi eleito presidente da Rússia
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Pouco depois de assumir a presidência, liderou com êxito tropas russas ao ataque à Chechênia, durante a 2ª Guerra da Chechênia, o que o fez crescer em popularidade
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Em 2004, Putin foi reeleito e, em seguida, assinou o protocolo de Kyoto, documento que o tornou responsável por reduzir gases-estufa liberados pela Rússia
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Seguindo a Constituição russa, que o impedia de exercer mais de dois mandatos consecutivos, o ex-KGB apoiou o seu primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, nas eleições que o sucederiam
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Em 2012, no entanto, voltou a ser eleito para novo mandato de seis anos, mesmo com forte oposição
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O líder russo Vladimir Putin diz que não irá recuar e desafia a comunidade internacional
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No ano seguinte, apoiou a guerra que aconteceu na Síria e enviou militares para ajudar o regime do presidente sírio, Bashar Al Assad
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Apesar de toda desaprovação mundial diante de atos de guerra, Putin conseguiu se eleger em 2018 para mais seis anos, com vantagem expressiva em relação aos adversários
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Devido à lei que sancionou em 2021, Putin poderá concorrer nas duas próximas eleições e, se eleito, ficar no poder até 2036
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Recentemente, após exigir que o Ocidente garantisse que a Ucrânia, que faz fronteira com território russo, não se juntaria à Otan, reformou a inimizade entre os países
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O conflito, que acendeu alerta mundial, ganhou novos capítulos após Putin ordenar, no dia 25 de fevereiro de 2022, que tropas invadissem a Ucrânia utilizando armamento militar
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Apesar dos avisos de sanções por parte de outras nações, o presidente russo prosseguiu com a intentada e deu início à guerra
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Em entrevista à NBC, o ex-diretor da CIA John Brennan afirmou que Putin não parece ser o mesmo de antes. “Ele não é mais o mesmo ditador de sangue frio e olhos claros de 2008”, declarou. Os membros de agências de inteligência ouvidos pelo jornal afirmam, ainda, que essas mudanças em Putin podem representar risco de aumentar a violência do conflito.
Membro do Comitê Seleto de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, senador Marco Rubio afirmou que a frustração de Putin pode elevar o conflito para outras esferas.
“A legitimidade de Putin foi construída sobre a imagem do líder forte que restaurou a Rússia à superpotência após os desastres dos anos 1990. Agora a economia está em frangalhos e os militares estão sendo humilhados e suas únicas ferramentas para reestabelecer o equilíbrio de poder com o Ocidente são cibernéticos e armas nucleares”, escreveu em postagem no Twitter.
Na imprensa russa, no entanto, o tom dos principais veículos estatais continua sendo contido, com atualizações diárias sobre o conflito, notícias sobre sanções sofridas pelos país e poucas aparições de Vladimir Putin.