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Primeiro-ministro do Haiti é suspeito de mandar matar presidente

Rede de TV colombiana afirma que Claude Joseph é um dos mandantes do assassinato ocorrido em 7 de julho, em Porto Príncipe

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primeiro-ministro interino do Haiti, Claude Joseph
1 de 1 primeiro-ministro interino do Haiti, Claude Joseph - Foto: Reprodução Twitter

Oito dias após  o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, de 53 anos, o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph, passou a ser investigado como mandante do crime ocorrido em 7 de julho.

Segundo o canal de notícias Caracol, da Colômbia, Joseph mandou executar Moïse para tomar o poder. O país vive forte crise política desde 2015, quando a eleição foi cancelada. A partir de então, a escalada de instabilidade e violência só aumentou.

Joseph deixaria o cargo de premiê no dia em que Moïse foi morto. Dois dias antes, o presidente havia nomeado Ariel Henry como novo primeiro-ministro — o sétimo em quatro anos.

De acordo com a imprensa colombiana, as autoridades haitianas, investigadores do FBI e a polícia federal americana consideram Joseph, o ex-senador John Joël Joseph, que está foragido, e o médico Christian Sanon os mandantes do crime.

Ainda segundo a TV Caracol, os planos para o assassinato estariam sendo feitos desde novembro na sede da empresa de segurança CTU, com base em Miami, nos EUA, em reunião com a participação dos supostos mandantes, de um diplomata haitiano, de dois colombianos chefes dos mercenários e do dono da CTU.

Para chegar aos nomes, a investigação analisou fotos da reunião e chamadas telefônicas que vinculam o premiê à CTU, empresa que teria contratado os mercenários colombianos que atuaram no crime. O envolvimento de Joseph foi detalhado em depoimentos dos militares presos, também segundo a Caracol.

De acordo com a investigação, a CTU e outras empresas de segurança investigadas entraram em contato com ao menos 200 militares colombianos aposentados para oferecer um trabalho no Caribe. Mais de 20 ex-militares colombianos estão envolvidos no assassinato, 18 deles estão presos, e três, mortos.

Em entrevista à rádio local La FM nesta quinta-feira (15/7), o presidente da Colômbia, Iván Duque, reforçou a hipótese, ao dizer que “havia um grande grupo que foi levado numa suposta missão de proteção” e que, por outro lado, “havia um grupo menor que aparentemente sabia em detalhes se tratar de uma ação criminosa”.

O crime

Jovenel Moïse e a primeira-dama, Martine Moïse, de 47 anos, estavam em casa, uma residência particular em Porto Príncipe, quando o local foi invadido por um grupo armado.

Nos últimos anos, a capital haitiana, Porto Príncipe, vinha sofrendo um aumento na violência, enquanto gangues lutavam entre si e contra a polícia, pelo controle das ruas. Nesse cenário, o país também lida com o empobrecimento.

A oposição, por sua vez, criticava dizendo que Moïse governava o Haiti sem o controle do Legislativo, desde o ano passado. Já o presidente afirmava que ficaria no cargo até o dia 7 de fevereiro de 2022.

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