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Fernández envia ao Congresso projeto para legalizar aborto na Argentina

Para o presidente argentino, o objetivo é proteger as mulheres e evitar mortes e internações devido à prática de aborto clandestino

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1 de 1 alberto-fernandez-e-cristina-kirchner - Foto: redes sociais/ reprodução

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nesta terça-feira (17/11) o envio ao Congresso de um projeto de lei para legalizar o aborto no país. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele argumentou que a proposta tem objetivo de enfrentar o problema do aborto clandestino no país, que provoca, a cada ano, a internação de 38 mil mulheres no sistema de saúde público.

Segundo Fernández, a proposta inclui a obrigatoriedade de que a interrupção voluntária da gravidez ocorra dentro do sistema de saúde.

“A legalização do aborto salva a vida de mulheres e preserva suas capacidades reprodutivas, muitas vezes afetadas por esses abortos inseguros”, disse.

Outro projeto enviado por Fernández aos congressistas estabelece uma campanha para garantir o cuidado integral da saúde das mulheres grávidas e de seus filhos nos primeiros anos de vida.

“Minha convicção é de que o Estado acompanhe todas as pessoas gestantes em seu projeto de maternidade. Mas também é responsabilidade do Estado cuidar da vida e da saúde daquelas que decidirem interromper a gravidez”, disse o presidente.

Promessa de campanha

A proposta é uma promessa de campanha de Fernández e já havia entrado na pauta da Argentina em junho de 2018, quando a Câmara dos Deputados aprovou a prática até a 14ª semana de gestação. O texto, no entanto, foi rejeitado pelo Senado.

A discussão chegou às ruas da Argentina naquele ano, quando centenas de milhares de pessoas marcharam nas ruas de Buenos Aires em atos pró e contra o aborto.

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