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Papa: “O uso da energia atômica para fins de guerra é imoral”

Líder católico, em visita a Hiroshima e Nagasaki, mais uma vez critica o uso de armas nucleares e diz que “seremos julgados por isso”

atualizado

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Vatican News/Divulgação
papa francisco
1 de 1 papa francisco - Foto: Vatican News/Divulgação

Em viagem oficial ao Japão, o papa Francisco esteve em Nagasaki neste domingo (24/11/2019). Em discursou, ele pediu pelo fim das armas nucleares. Segundo o líder católico, esse tipo de ameaça é “um atentado contínuo que clama aos céus”.

Em seguida, o sumo pontífice viajou para Hiroshima. É a primeira vez em quase 40 anos em que um papa vai às duas cidades atingidas por bombas atômicas.

Francisco, de 82 anos, passou pelo parque que fica no ponto zero da explosão da bomba atômica despejada sobre a cidade por forças norte-americanas há 74 anos. O ataque a Nagasaki ocorreu em 9 de agosto de 1945 e matou cerca de 70 mil pessoas.

Sobreviventes da explosão e convidados reuniram-se na manhã deste domingo para ouvir a mensagem de paz do papa, apesar da forte chuva no local. “Este lugar nos faz mais conscientes da dor e do horror de que os seres humanos são capazes de infringir a si mesmos”, discursou o argentino.

“A cruz bombardeada e a estátua de Nossa Senhora descobertas recentemente na Catedral de Nagasaki nos lembram, mais uma vez, do horror indescritível sofrido em suas próprias carnes pelas vítimas e suas famílias”, afirmou o papa Francisco.

Homenagem

Na cidade, o pontífice visitou o monumento que homenageia 26 cristãos crucificados no fim do século 16 porque defendiam a fé. A visita à cidade contou ainda com uma missa celebrada em um estádio de beisebol.

Francisco voltou a se comprometer com o mecanismo internacional de controle de armas, inclusive um tratado que proíbe bombas atômicas. E pediu aos líderes mundiais que assumam a causa.

“Desejo reiterar, com convicção, que o uso da energia atômica para fins de guerra é, hoje mais do que nunca, um crime não só contra o homem e a sua dignidade, mas também contra toda a possibilidade de futuro na nossa casa comum”, discursou.

E afirmou: “O uso da energia atômica para fins de guerra é imoral, assim como é imoral a posse de armas nucleares, como eu já disse há dois anos. Seremos julgados por isso”. (Com informações da Agência Brasil)

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