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Países liberam 60 milhões de barris de petróleo para conter preços

É a primeira vez que isso acontece desde 2011. Medida foi anunciada nesta terça-feira (1º/3) pela Agência Internacional de Energia

atualizado

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1 de 1 petróleo - Foto: Pixabay

Os Estados Unidos e outros 30 países concordaram em liberar 60 milhões de barris de petróleo de suas reservas de emergência após a invasão russa à Ucrânia elevar os preços da commodity para acima de US$ 100.

A decisão foi divulgada nesta terça-feira (1º/3) pelo Conselho de Administração da Agência Internacional de Energia (AIE).

A liberação tem o objetivo de enviar uma mensagem “unificada e forte” aos mercados globais de petróleo, segundo comunicado do órgão (leia aqui a íntegra, em inglês), de que não haverá déficit de suprimentos.

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“É animador ver a rapidez com que a comunidade global se uniu para condenar as ações da Rússia e responder de forma decisiva”, disse o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol. “Estou satisfeito que a AIE também se uniu hoje para agir”, disse.

“A situação nos mercados de energia é muito grave e exige toda a nossa atenção. A segurança energética global está ameaçada, colocando a economia mundial em risco durante um estágio frágil da recuperação.”

Após a ofensiva russa, o barril do Brent chegou a US$ 105 pela primeira vez desde 2014.

Os ministros da AIE mostraram-se preocupados com os impactos na segurança energética. Eles observaram que a invasão da Rússia ocorre em um cenário de mercados globais de petróleo já apertados, alta volatilidade dos preços, estoques comerciais que estão em seu nível mais baixo desde 2014 e uma capacidade limitada dos produtores de fornecer oferta adicional no curto prazo.

Os países membros da AIE mantêm estoques de emergência de 1,5 bilhão de barris. O anúncio de uma liberação inicial de 60 milhões de barris (4%) equivale a 2 milhões de barris por dia durante um mês.

A retirada coordenada é a quarta na história da AIE, criada em 1974. Ações coletivas anteriores foram tomadas em 2011, 2005 e 1991.

Fazem parte do conselho os seguintes países: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Coreia do Sul, Lituânia, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça, Holanda, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.

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