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OMS alerta que variante Ômicron não é apenas um “resfriado comum”

Apesar de causar sintomas mais leves, a variante Ômicron apresenta alta capacidade de transmissão e exige alerta

atualizado

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Andriy Onufriyenko/ Getty Images
Na ilustração colorida, vários vírus são representado
1 de 1 Na ilustração colorida, vários vírus são representado - Foto: Andriy Onufriyenko/ Getty Images

O gerente de incidentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), Abdi Mahamudi, alertou, na terça-feira (4/1), que a variante Ômicron do coronavírus não é apenas um resfriado comum. O epidemiologista ressaltou que os sintomas causados pela mutação são mais leves. No entanto, ainda exigem atenção pela alta capacidade de transmissão.

“Onde quer que a Ômicron chegue, é questão de semanas para ela se tornar dominante”, frisou o cientista. Ele citou o exemplo da Dinamarca, região em que a variante provocou alta no número de casos em apenas dois dias.

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De acordo com Mahamudi, estudos apontam que a mutação causa sintomas mais leves por afetar a parte superior do corpo, como a garganta. “Diferentemente das outras [variantes], que podem causar pneumonia grave”, afirmou.

“O que estamos vendo agora é a dissociação entre os casos e as mortes. Pode ser uma boa notícia, mas realmente precisamos de mais estudos”, concluiu o epidemiologista.

Ômicron no mundo

Empresas e órgãos públicos dos Estados Unidos estão sendo drasticamente impactados pelo crescimento vertiginoso de casos de Covid-19 no país. A nova onda de registros é impulsionada pela variante mais transmissível, a Ômicron. Em média, o país tem contabilizado três casos positivos por segundo.

Com o período de festividades de fim de ano, os casos confirmados de Covid-19 no Brasil ligaram, ainda mais, o alerta. Em uma semana, o número de infecções pela doença praticamente dobrou no país: em 27 de dezembro, a média móvel de contaminações era de 4.346; na segunda-feira (3/1), o indicador registrou 8,4 mil — um aumento de 93,9%. Os dados constam do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Uma das razões para o aumento pode ser atribuída à falta de precaução por parte das pessoas que se reuniram com familiares e amigos no período das festas de fim de ano. Além disso, o avanço da variante Ômicron é um fator determinante.

Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, a quantidade de casos suspeitos da Ômicron subiu para 182, logo após o Réveillon com queima de fogos. O número anterior divulgado pelo governo do estado mostrava 158 contaminações em investigação.

O estudo, feito a partir de 30.483 de exames para a Covid-19 realizados em laboratórios das redes Dasa e DB Molecular, constatou que a nova mutação já circula em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Tocantins.

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