1 de 1 Na ilustração colorida, vários vírus são representado
- Foto: Andriy Onufriyenko/ Getty Images
O gerente de incidentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), Abdi Mahamudi, alertou, na terça-feira (4/1), que a variante Ômicron do coronavírus não é apenas um resfriado comum. O epidemiologista ressaltou que os sintomas causados pela mutação são mais leves. No entanto, ainda exigem atenção pela alta capacidade de transmissão.
“Onde quer que a Ômicron chegue, é questão de semanas para ela se tornar dominante”, frisou o cientista. Ele citou o exemplo da Dinamarca, região em que a variante provocou alta no número de casos em apenas dois dias.
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
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De acordo com Mahamudi, estudos apontam que a mutação causa sintomas mais leves por afetar a parte superior do corpo, como a garganta. “Diferentemente das outras [variantes], que podem causar pneumonia grave”, afirmou.
“O que estamos vendo agora é a dissociação entre os casos e as mortes. Pode ser uma boa notícia, mas realmente precisamos de mais estudos”, concluiu o epidemiologista.
Empresas e órgãos públicos dos Estados Unidos estão sendo drasticamente impactados pelo crescimento vertiginoso de casos de Covid-19 no país. A nova onda de registros é impulsionada pela variante mais transmissível, a Ômicron. Em média, o país tem contabilizado três casos positivos por segundo.
Com o período de festividades de fim de ano, os casos confirmados de Covid-19 no Brasil ligaram, ainda mais, o alerta. Em uma semana, o número de infecções pela doença praticamente dobrou no país: em 27 de dezembro, a média móvel de contaminações era de 4.346; na segunda-feira (3/1), o indicador registrou 8,4 mil — um aumento de 93,9%. Os dados constam do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Uma das razões para o aumento pode ser atribuída à falta de precaução por parte das pessoas que se reuniram com familiares e amigos no período das festas de fim de ano. Além disso, o avanço da variante Ômicron é um fator determinante.
Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, a quantidade de casos suspeitos da Ômicron subiu para 182, logo após o Réveillon com queima de fogos. O número anterior divulgado pelo governo do estado mostrava 158 contaminações em investigação.
O estudo, feito a partir de 30.483 de exames para a Covid-19 realizados em laboratórios das redes Dasa e DB Molecular, constatou que a nova mutação já circula em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Tocantins.