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Ômicron escapa da proteção de vacinas mais do que Delta, diz estudo

Para cientistas dinamarqueses, o achado ajuda a explicar porque a Ômicron está se espalhando mais rapidamente que as outras cepas

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Imagem colorida: mão de cientista com luva segura pote com amostra de variante Ômicron - MKetrópoles
1 de 1 Imagem colorida: mão de cientista com luva segura pote com amostra de variante Ômicron - MKetrópoles - Foto: Getty Images

Um estudo conduzido por pesquisadores da University of Copenhagen, Statistics Denmark e Statens Serum Institut (SSI) mostra que a variante do Ômicron do coronavírus consegue escapar da imunidade produzida pelas vacinas mais facilmente do que a variante Delta.

Para os cientistas, isso pode explicar porque a Ômicron está se espalhando mais rápido do que as cepas identificadas anteriormente. Desde que foi anunciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em novembro do ano passado, a variante foi classificada como de “preocupação” e os cientistas começaram a investigar suas características principais, como transmissibilidade e letalidade.

“Nossas descobertas confirmam que a rápida disseminação da Ômicron pode ser atribuída principalmente à evasão imunológica, e não a um aumento inerente da transmissibilidade básica”, disseram os pesquisadores. O estudo ainda não foi revisado por pares.

Explicações

O fato de um vírus ser mais transmissível pode ser atribuído a uma série de razões, como o tempo que ele permanece no ar, sua capacidade de se prender às células do hospedeiro e/ou de furar o sistema imunológico. Após analisar informações epidemiológicas de cerca de 12 mil famílias dinamarquesas, os cientistas estimam que a Ômicron seja entre 2,7 e 3,7 vezes mais infecciosa do que a variante Delta entre os vacinados.

Outra descoberta do trabalho foi que as pessoas vacinadas com reforço têm menor probabilidade de transmitir o vírus, independentemente da variante, do que as não vacinadas. Segundo o mapa de vacinação da Dinamarca, 78% da população está totalmente vacinada, enquanto quase 48% já recebeu a dose de reforço. Cerca de oito em cada dez dinamarqueses receberam a vacina da Pfizer/BioNTech.

Para a diretora técnica da SSI, Tyra Grove Krause, embora mais transmissível, a variante Ômicron parece induzir quadros menos graves: “Embora a cepa ainda seja capaz de exercer pressão sobre nosso sistema de saúde, tudo indica que é mais suave do que a Delta”, disse ela à mídia local.

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