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“É prematuro estabelecer se Ômicron é mais grave que Delta”, diz OMS

Ao menos 23 países já confirmaram casos de Covid-19 relacionados à nova variante, detectada originalmente na África

atualizado

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OMS/Reprodução
Maria Van Kerkhove na OMS
1 de 1 Maria Van Kerkhove na OMS - Foto: OMS/Reprodução

A diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, disse nesta quarta-feira (1º/11) ainda ser cedo para afirmar se a variante Ômicron do coronavírus é mais transmissível ou provoca quadros mais grave do que as cepas anteriores.

Durante a coletiva de imprensa, Van Kerkhove disse acreditar que os resultados de testes que poderão indicar com mais detalhes as características da variante ficarão prontos dentro de poucos dias.

“Há muitas hipóteses diferentes sobre a Ômicron, mas ainda é prematuro afirmar qualquer coisa. Estamos recebendo informações diariamente, mas ainda não sabemos sobre a transmissão, se ela é mais ou menos transmissível”, afirmou Van Kerkhove.

Ao menos 23 países notificaram casos relacionados à nova variante desde a última quarta-feira (24/11), quando a OMS foi notificada por cientistas sul-africanos sobre o surgimento de uma nova cepa.

“Temos casos de doença leve e grave. Alguns pacientes apresentam a doença leve, mas insisto, ainda estamos em uma fase muito prematura”, reafirmou.

A diretora explicou que o aumento do número de hospitalizações por Covid-19 na África pode não estar relacionado a características que façam da Ômicron uma variante mais perigosa. De acordo com ela, o aumento das internações pode ser proporcional ao aumento do registro de novos casos.

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Restrições aos países africanos

A OMS voltou a criticar os governos que optaram por fechar suas fronteiras para os países do continente africano. “As restrições de viagem não vão evitar a transmissão da Ômicron e, sim colocar obstáculos para os países da região, com prejuízos econômicos”, afirmou o diretor-geral da agência de promoção à saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Tedros defende que as autoridades repensem o fechamento das fronteiras e optem por estratégias diferentes, como a exigência da testagem dos passageiros antes e depois das viagens.

“Os danos provocados pelas restrições vão penalizar muitos países que são transparentes e contribuem com maiores informações (sobre a Ômicron). Eles não podem ser penalizados. Agradeço ao sul da África e Botsuana por terem nos informado sobre essa variante com rapidez e garantimos que estamos do seu lado”, disse.

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