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Maduro é reeleito presidente da Venezuela em meio a protestos

Principal adversário e segundo colocado no pleito, Henri Falcón afirmou não reconhecer as eleições como legítimas

atualizado

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Ansa Brasil
Foto colorida do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro - Metrópoles - Foto: Ansa Brasil

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito nesse domingo (20/5). Com a vitória nas urnas, o político comandará o país por mais seis anos. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral local, ele obteve 5,8 milhões de votos, até as 23h30, quando 92,6% das urnas haviam sido apuradas.

O total de eleitores que escolheram Maduro corresponde a 67% dos votos válidos. Em segundo lugar, ficou o candidato da oposição Henri Falcón. Ele teve 21% dos votos, isto é, 1,8 milhão de eleitores. Em terceiro lugar, ficou o pastor evangélico Javier Bertucci, com 942 mil, ou 11%.

Antes de o resultado ser anunciado, o principal opositor de Maduro, Henri Fálcon, colocou a legitimidade da eleição em xeque. De acordo com o político, houve alta abstenção e denúncias de irregularidades no processo. Falcón afirmou não reconhecer o pleito eleitoral como válido.

“Não houve eleições, é necessária uma nova votação”, afirmou, dizendo-se disposto a concorrer novamente em dezembro, data prevista até a antecipação do processo por Maduro.

O boicote convocado por opositores impedidos de concorrer e a menor afluência de chavistas levaram a uma participação baixa, estimada em menos de 50%. Na última votação presidencial, ela foi de 79%.

Fraude
Uma coalizão de oposição da Venezuela afirmou que o presidente do país, Nicolás Maduro, estava tentando inflacionar seu número de votos ao manter centros de votação abertos horas após o fechamento oficial. Segundo os rivais, a intenção seria esconder uma “farsa” eleitoral de absenteísmo em massa nas eleições presidenciais desse domingo.

Falando em nome da recém-criada coalizão da Frente Ampla, o parlamentar da oposição Juan Pablo Guanipa disse que “neste processo eleitoral, as pessoas não puderam votar livremente”. Segundo ele, a eleição “foi uma farsa de um ditador que pretende permanecer no poder sem apoio popular”.

Alguns centros de votação ficaram abertos além do horário programado. Além disso, vários deles pareciam estar vazios. Parte dos eleitores, que sofrem com a escassez de alimentos e hiperinflação, atendeu ao chamado da oposição para boicotar o pleito no país.

Comemoração
Por meio de seu perfil no Twitter, Nicolás Maduro comemorou a vitória nas urnas, que o manterá no comando do país venezuelano por mais seis anos.

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