Negociações frustradas e cerco à Rússia na ONU. O 5º dia de guerra
O Metrópoles preparou um guia com as principais notícias da guerra: população é alvejada, Rússia pressionada e Belarus entra em cena
atualizado

A hipótese de crimes de guerra cometidos pela Rússia durante os ataques à Ucrânia desencadeou uma série de movimentações político-diplomáticas. A principal acusação é de que civis estão sendo alvejados propositalmente pelas tropas de Vladimir Putin.
A segunda-feira (28/2), quinto dia de confronto, ficou marcada pelas reações ao conflito. A batalha chegou à cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao Tribunal Penal Internacional, em Haia.
Belarus entrou no foco da comunidade internacional. O país teria feito ataques à Ucrânia e cedeu a fronteira para a invasão russa. Resultado: acabou sofrendo sanções econômicas.
Rússia e Ucrânia se reuniram em Belarus na tentativa de negociar um cessar-fogo. Não vingou. Nesta terça-feira (1º/3), um novo encontro ocorrerá.
Apesar da investida, o governo de Belarus diz que não haverá ação militar durante a reunião.
As sanções econômicas começam a fazer efeito e preocupar os russos. Na manhã desta segunda, Putin discutiu reuniu os principais dirigentes do seu governo para buscar soluções à ofensiva de países ocidentais. Horas depois, o governo do país anunciou que cidadãos russos estão impedidos de enviar dinheiro ao exterior.
O Banco Central russo aumentou a taxa de juros de 9,5% para 20%. A medida visa frear aumento previsto da inflação e evitar desvalorização ainda maior de sua moeda, o rublo, que teve queda de 40%.
O Metrópoles resume, abaixo, os principais fatos do dia:
- No 5º dia de guerra, Rússia e Ucrânia se reúnem e tentam cessar-fogo.
- Com economia golpeada, Putin ironiza o Ocidente: “Império de mentiras”.
- Com risco de apagão, Ucrânia pede integração energética com a Europa.
- Europa alerta para ataques contra civis na Ucrânia: “Muitas mortes”.
- Belarus sofre sanções econômicas da Europa por ataques à Ucrânia.
- ONU fala em “tragédia” na Ucrânia e rechaça uso de força nuclear.
- Na ONU, Rússia e Ucrânia trocam acusações envolvendo crimes de guerra.
- Também na ONU, Brasil defende o fim da guerra na Ucrânia: “Há tempo de parar”.
- Reunião emergencial da ONU para decidir punição à Rússia é suspensa. Retomada será nesta terça (1°/3).
- Novo bombardeio deixa Kiev sitiada e mortos em Kharkiv, na Ucrânia.
- Tribunal Penal de Haia investigará Rússia por bombardeios na Ucrânia.
- Rússia nega ataques contra civis e Ucrânia rebate: “Mísseis apontados”.
- Ucrânia suspende exigência de visto para receber militares voluntários.
- Rússia é denunciada por uso de bombas de fragmentação na Ucrânia.
- Imagens de satélites mostram tanques russos se aproximando de Kiev.
- Biden minimiza ameaça nuclear de Putin: “Não devemos nos preocupar”.
- “O sangue está nas mãos de Putin”, diz EUA ao apontar aumento da crise.
- Conselho de Direitos Humanos da ONU debaterá punição à Rússia.
- Presidente da UE apoia entrada da Ucrânia no bloco europeu.

Ataque com mísseis Pierre Crom/Getty Images

Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, Ucrânia Stringer/Agência Anadolu via Getty Images

Uma coluna de veículos blindados passa por um posto policial na cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início do dia 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk Sergei MalgavkoTASS via Getty Images

Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataque Pierre Crom/Getty Images

BRUXELAS, ÉLGIUM - 24 DE FEVEREIRO: O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, faz uma declaração sobre a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 24 de fevereiro de 2022 Dursun Aydemir/Agência Anadolu via Getty Images

Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens Omar Marques/Getty Images

24 de fevereiro de 2022, Renânia-Palatinado, Ramstein-Miesenbach: aviões da Força Aérea dos EUA estão na pista da Base Aérea de Ramstein. As tropas russas começaram seu ataque à Ucrânia Oliver Dietze/picture Alliance via Getty Images

Tanques das forças ucranianas se movem após a operação militar da Rússia Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

Um oficial do Serviço de Proteção Russo em frente ao Kremlin, na Praça Vermelha, no dia 24 de fevereiro de 2022, em Moscou, Rússia. Tropas russas lançaram seu ataque antecipado na Ucrânia na quinta-feira Mikhail Svetlov/Getty Images

CRIMEIA, RÚSSIA - 24 DE FEVEREIRO DE 2022: um veículo blindado atravessa a cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início de 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas, em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk Sergei MalgavkoTASS via Getty Images

Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia Pierre Crom/Getty Images

Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha Kay Nietfeld/picture aliança via Getty Images

Embaixada da Ucrânia em Brasília Rafaela Felicciano/Metrópoles

Segurança local é reforçada na Embaixada da Ucrânia em Brasília Rafaela Felicciano/Metrópoles

Embaixada da Rússia em Brasília Rafaela Felicciano/Metrópoles

Encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach fala com a imprensa após ataque da Rússia Rafaela Felicciano/Metrópoles